terça-feira, 12 de março de 2013

Olhar e Obedecer


A geometria do corpo

O Pantheon, regido pela simetria, aparenta ser uma extensão do corpo humano. O jogo simétrico de quadrados e curvas lembra alguns dos mais famosos desenhos de Leonardo da Vinci e Serlio, mostrando o corpo masculino nu com braços e pernas estendidos, onde desenhou-se uma círculo perfeito em torno dos membros esticados, o centro no umbigo do homem e as pontas dos seus dedos no lugar dos vértices do quadrado perfeito.

No livro “Da simteria: nos templos e no corpo humano”, Vitrúvio relaciona as disposições regulares do corpo às que a arquitetura do templo deve obedecer.
Um templo deveria ter frações iguais e opostas, exatamente como os lados do corpo. Vitrúvio imaginava que os braços eram ligados às pernas pelo umbigo, ou seja, pelo cordão umbilical – a fonte da vida. Baseado na disposição e nas relações simétricas do corpo humano com o círculo e o quadrado perfeito,moldou-se o Pantheon, onde o quadrado estava inscrito dentro do círculo e posteriormente inspirou os desenho de Leonardo da Vinci e Serlio. Sua crença fundamentava-se na escala do corpo humano, com base na qual o arquiteto devia modelar o prédio a ser construído.

A criação de uma cidade romana
O chão do Pantheon trata-se de um tabuleiro de quadrados de mármore, pórfiro e granito, alinhados na direção norte-sul. Projetistas imperiais do tempo de Vitrúvio planejaram cidades inteiras fazendo uso do mesmo sistema, criando tabuleiros de ruas em torno de áreas ilhadas no seu interior.
Embora não tenha sido criada por eles, esse tipo de desenho urbano ficou conhecido como rede romana, onde foram erguidas as mais antigas cidades seguindo este mesmo modelo. Para fundar uma cidade, ou reconstruí-la, após a conquista, os romanos estabeleciam o ponto que chamavam umbilicus – um centro urbano equivalente ao umbigo humano, servia como ponto de partida para o cálculo da geometria urbana; a partir daí, os projetistas mediam as distâncias e as dimensões de cada espaço a ser construído.
Sempre em ângulos de noventa graus, as duas ruas principais cruzavam-se no meio da cidade, criando-se quatro quadrantes simétricos, depois repartidos em outros quatro, e assim sucessivamente, até que as regiões da cidade tomassem a forma do pavimento do Pantheon.
Esse centro urbano tinha um grande valor religioso. Abaixo e acima dele, os romanos imaginavam que a cidade conectava-se com os deuses entranhados na terra e com os deuses de luz, no céu. No início da construção da cidade, frutas e outras oferendas, trazidas pelos engenheiros de seus lugares de origem, eram colocadas na cova, cumprindo o ritual que tinha em vista agradar aos “deuses infernais”. Finalmente, por cima da pedra quadrada acendia-se um fogo e só então o “nascimento” da cidade era tido como um fato.

Fórum Romano

O Fórum era o centro cívico religioso e monumental das cidades romanas, assemelhando-se as Ágoras, do tempo de Péricles. A diferença em relação a Ágora estava justamente no agrupamento de uma mutidão diversificada em um espaço retangular, enquadrado por outros prédios.
   Seguindo  um esquema retangular repetido por todo o Império, a construção do Fórum obedecia a um plano. Um plano divino. O local era confiado à proteção dos deuses. Uma construção religiosa particularmente importante é o Pórtico dos Doze Deuses. 
  Eles pretendiam fazer com que sua arquitetura fosse consensual, harmônica e linear, através do desenvolvimento do Peristilo e da Basílica. O peristilo consiste numa extensa série de colunas ao longo, por exemplo, de um pátio, ou defronte a blocos de prédios. A basílica é uma construção retangular a que as pessoas tem acesso por um lado, saindo pelo outro. Os Romanos criavam espaços em que uma pessoa se deslocasse sempre para frente, sem nada que chamasse atenção lateralmente, sendo essa a espinha dorsal desses lugares.
   A geometria do espaço romano disciplinava o movimento corporal e, nesse sentido, conduzia a regra de olhar e obedecer, intrinsecamente vinculada ao diktat e acreditar.. Como nas cidades provincianas, a geometria do poder, no centro de Roma, inibiu a exposição das diversidades. A medida que regras foram sendo impostas no Forum Romano, ao final do período republicano, os mercadores, açougueiros, verdureiros e peixeiros mudaram-se para bairros distantes, deixando a zona totalmente livre para advogados e burocratas. Reduzida a diversidade, o antigo centro de Roma passou a ser um lugar dedicado ao cerimonial, onde o poder vestia a indumentária e desempenhava os papeis pacificadores da pantomima.
  A ordem visual também impunha sua marca nos prédios ocupados pelo Senado romano, que de suprema instituição republicana caíra no formalismo, com a ascensão dos imperadores. 
  Todo o desenrolar da história do Fórum Romano foi como um presságio dos grandes fóruns imperiais, que seriam construídos durante o período que se seguiu e que se constituíram em imensos espaços, nos quais os romanos se moviam, submissos, diante das representações da majestade dos deuses vivos que governavam suas vidas.

A casa romana


As famílias, em Roma, tinham uma notável diferença em relação às gregas, pois existia muito mais igualdade entre os sexos. Poderiam ter propriedades (sine manu), as filhas poderiam dividir com os filhos a herança, homens e mulheres poderiam comer juntos. No entanto, o grupo familiar era fortemente hierárquico e patriarcal.



A casa romana, o domus, evidenciava as classes, a clientela, as idades e a propriedade dos moradores. Entrava-se através de um primeiro vestíbulo, em que os visitantes eram avaliados e Vitrúvio recomendava que fosse tão luxuosa quanto possível; chegando-se a um átrio, a céu aberto, os dormitórios e os cômodos reservados ao armazenamento situavam-se lateralmente, e à frente, próximo a um espelho d’água, havia um nicho que abrigava os deuses padroeiros da casa.

Já nas moradias mais ricas, o deslocamento ao longo deles dependia de quem habitasse cada um dos aposentos. A ordem doméstica, no topo da pirâmide social, servia como um padrão de vida. À semelhança de um fórum, nele permaneciam grupos de pessoas que, em ordem de importância, aguardava serem recebidos pelo dono da casa e de quem veio nos recepcionar. 
Uma vez constituído o núcleo da família pelo casamento, os cônjuges deviam preservar a linhagem.
Corpo, casa, fórum, cidade, império baseavam-se em imagens lineares. A obsessão romana de organizar o espaço de forma clara e precisa. Esse desejo de orientação exata demonstrava a mesma ânsia no gosto pela repetição interminável de imagens, até que se convertesse em verdades inquestionáveis. Era o reflexo das carências de um povo que não desfrutava de conforto e vivia em meio a desigualdades. A geometria procurava dar ideia de uma Roma eterna e essencial.


A Obsessão Impossível


Adriano compôs o seguinte poema, intitulado “À sua alma”:
Animula uagula blandula,          |             Pequena alma terna, flutuante,
Hospes comesque corporis,        |             Hóspede e companheira do meu corpo,
Quae nunca bibis in loca            |             Vais descer aos lugares
Pallidula, rígida nudula,             |             Pálidos, duros, nus,
Nec, ut soles, dabis iocos...         |             Onde deverás renunciar aos jogos de outrora...


Para Marguerite Yourcenar, ela afirma que “Tão logo os deuses deixaram de existir e antes do Cristo chegar, houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem ficou só”.
Já para críticos contemporâneos, como William MacDonald, afirma que “Saturado dos símbolos arquitetônicos, religiosos e imperiais, como o Pantheon – controlada, quase imposta, como sua forma visual - assim, a construção inspira um profundo e misterioso sentimento de solidão.
Adriano

terça-feira, 5 de março de 2013

Análise dos textos - 1º Estágio

Primeira Questão 

    Para o homem, o espaço se forma a partir da manipulação da realidade, dos objetos contidos na cidade, que dão a ideia de distância. O espaço é construído pela experiência que o homem tem com seu entorno e sua relação dá-se em como o homem compreende, percebe e interpreta o espaço.
    Já a relação entre espaço e imaginação, "a maioria dos habitantes da cidade só tinha olhos para os artifícios urbanos, para suas berrantes propagandas de neon", mas o que Marcovaldo propõe é um olhar diferente daquele que foi comum durante muito tempo na historiografia, uma reeducação no olhar.
    A arquitetura é criada a partir de uma integração entre espaço e imaginação, com a finalidade de aguçar os cinco sentidos dos indivíduos, provocando em todos e principalmente nos observadores de suas obras uma percepção que não se limita ao âmbito da simulação e do engano.


Segunda Questão

    Em seu cotidiano, é inerente ao exercício da arquitetura novas perspectivas de espaço urbano, ver além do que a imagem se apresenta. A organização espacial viabiliza um conjunto de possibilidades, que e traduz em algo qualitativo, fundamentando o trabalho do arquiteto.


Terceira Questão

    Para Françoise Choay, "monumento é tudo o que for edificado por uma comunidade de indivíduos para rememorar ou fazer que outras gerações de pessoas rememorem acontecimentos, sacrifícios, ritos ou crenças". Sendo assim, os monumentos foram criados para serem adorados no presente, criando uma maneira de diálogo em que a arquitetura pode ao mesmo tempo fazer reviver nosso passado, assegurar a glória do arquiteto-artista e conferir autenticidade ao testemunho dos historiadores.


Quarta Questão

Arquitetura Primitiva

    A arquitetura primitiva pode ser compreendida primariamente como uma imposição da necessidade da conservação da vida humana sob os efeitos do clima, da nocividade do tempo meteorológico, abrigando o corpo num microambiente alterado. O instinto do homem primitivo o conduz a um recinto fechado, onde ele acostuma-se a procurar não só para repousar, mas também para escapar às intempéries. Esse local pode ser definido como uma habitação primitiva. O ambiente interno de uma habitação primitiva qualquer é, sem dúvida, um microclima especialmente preparado pelo homem de modo a fornecer-lhe as condições mínimas de higiene, repouso e segurança necessárias.

    A habitação primitiva é um microclima artificial. Oferece uma vantagem considerável, podendo ser parcialmente modificada, regulada e amenizada quando ocorrem situações de viciação ou fenômenos meteorológicos desfavoráveis imprevistos. Ela pode ser também considerada um "acidente" geográfico, uma descontinuidade do espaço natural intocado. Podemos definir a arquitetura das construções primitivas como abrigo humano desenvolvido sob a intuição e a resolução de problemáticas espaciais influenciados pelo sítio onde se insere. Podemos afirmar que não poderia ser adaptada ou transportada de uma região para outra de clima inverso ou com condições naturais diferentes daquelas que geraram as resultantes formais deste modelo de habitação, assim como foram geradas as especificidades da vegetação, dos animais e dos próprios homens.

Arquitetura Vernacular
    Cada lugar é carregado de percepções individuais e de sensações próprias, os quais definem as características daquele determinado espaço, que se faz marcado pela presença protetora do genius loci, através da arquitetura vernacular, tanto em monumentos históricos, como em instalações industriais.
Os arquitetos, com suas obras de edificação, ultrapassam a marcação do tempo, enquanto a arquitetura vernacular, mais espontânea, revela e interliga sua historicidade à tradição, dando caráter ou genius loci à cidade (BARDA, 2007). Esta arquitetura vernacular está presente no patrimônio construído em cidades das regiões Norte e Noroeste do Estado do Paraná. Zani (2003) cita que é através das tipologias construtivas trazidas pelos imigrantes colonizadores europeus, entre as décadas de 20 a 70.
    A arquitetura vernacular é todo o tipo de arquitetura em que se empregam materiais e recursos do próprio ambiente em que a edificação é construída, caracterizando uma tipologia arquitetônica com caráter local ou regional. No processo de planejamento e ordenação do crescimento urbano, as edificações históricas vernaculares são como artefatos na afirmação de identidades, que é caracterizada pela presença protetora do genius loci.

Arquitetura Erudita
    A arquitetura erudita imita a arquitetura popular. Segundo Alain (Alain, SBA) “Existe uma arquitetura popular, do mesmo modo que uma música popular. Nossos arquitetos se limitaram sempre a copiar as casas, quando não copiavam o grego ou o romano”. Existe uma correlação entre a arquitetura popular e a erudita, pois esta se alimenta das formas criadas pela primeira e, sempre que passa a buscar a beleza formal, entra em decadência.
    Em princípio, denominamos de erudita a arquitetura produzida por especialistas treinados, detentores de um repertório de informações.


Quinta Questão


    O tema da Oficina 4 teve grande importância para a disciplina pois ao estudarmos teoria e historia da arquitetura e do urbanismo percebemos que a história faz parte das mudanças e construções arquitetônicas. O que foi o caso da origem da cidade no oriente.
    No tema específico, mostra que a cidade se forma “quando as indústrias e os serviços já não são executados pelas pessoas que cultivam a terra”.
Em resumo a aldeia passa a ser cidade no momento que as indústrias e os serviços não são mais executados pelas pessoas que cultivam a terra, mas por outras que já não tem essa obrigação. Assim nasce o contraste entre dois grupos dominantes. Enquanto as indústrias e os serviços se desenvolvem através da especialização a produção agrícola cresce utilizando estes serviços e instrumentos.
    A sociedade se torna capaz de evoluir e planejar a sua evolução. A cidade, centro motor da evolução, se transforma numa velocidade muito maior do que a aldeia e mostra mudanças muito profundas da composição e das atividades da classe dominante, que influi sobre toda a sociedade. A revolução urbana começa no crescente e fértil onde é coberto com uma vegetação rala e desigual. A planície é fértil, mas só consegue ser cultivada por onde passa ou pode ser conduzida a água. Os rios, os mares e o terreno aberto às comunicações favorecem as trocas de mercadorias e notícias; os céus, quase sempre serenos, permitem ver, à noite, os movimentos regulares dos astros e facilitam a medição do tempo. Foi neste local que algumas sociedades neolíticas encontraram um ambiente capaz que produzir recursos muito mais abundantes. Como cultivo de cereais e árvores frutíferas, e parte dos viveres sendo acumulada para trocas comerciais, uma nova economia surge: o aumento da produção agrícola, a concentração do excedente nas cidades e ainda o aumento de população e de produtos, garantido pelo domínio da cidade sobre o campo.
    Na Mesopotâmia, o excedente se concentra nas mãos dos governantes da cidade; que nessa qualidade recebem os rendimentos de parte das terras comuns, a maior parte dos despojos de guerra e administram essas riquezas acumulando as provisões alimentares para toda a população, fabricando ou importando os utensílios de pedra e metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações e os números que dirigem a vida da comunidade. Essa organização deixa seus sinais no terreno: os canais que distribuem a água e permitem transportar para toda a parte os produtos e as matérias primas; os muros circundantes que individualizam a área da cidade e a defendem do inimigo; os armazéns, com sua provisão de tabuinhas escritas em caracteres cuneiformes; os templos dos deuses, que se erguem sobre o nível uniforme da planície com seus terraços e as pirâmides em degraus. Essas obras e casas em comum são construídas de tijolos e de argila. O tempo faz com que elas desmoronem e sejam incorporadas novamente ao terreno, e dessa forma conserva, camada por camada, os vestígios dos artefatos construídos em cada período histórico. Até meados do III milênio, as cidades da mesopotâmia formam outros estados independentes, que lutam entre si para repartir a planície irrigada pelos dois rios. Estes conflitos limitam o desenvolvimento econômico e só terminam quando o chefe de uma cidade adquire tal poder que impõe seu domínio sobre toda a região.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

A cidade e sua morfologia urbana


1.1   – A cidade
“Cidade refere-se a um 
aglomerado populacional que a dada altura foi elevado a esta categoria por uma entidade política-administrativa” [A cidade em Portugal- Teresa Barata Salgueiro]
     - Geograficamente cidade é uma forma de povoamento  - É uma entidade individualizada com certa dimensão e densidade onde se desenrola um conjunto expressivo e diversificado de atividades
A cidade é antes de tudo um espaço produzido resultante do meio físico e da ação humana.
A forma de uma cidade não só depende da sociedade que a produz, mas também de teorias e posições culturais e estéticas de quem a idealiza e constrói.






1.2   -  Morfologia Urbana
Estudo da forma física do espaço urbano e sua evolução em relação a mudanças sociais, econômicas e demográficas.
            - Ciência que estuda as formas e as interliga com os fenômenos que lhes deram origem.
-Para Lamas a morfologia estuda os aspectos exteriores do meio urbano e suas relações recíprocas

A forma urbana e sua análise


A arquitectura deverá estar presente e intervir, qualquer que seja a escala ou o tempo  de intervenção, desde a vasta região á pequena habitação.” José Lamas


      Em seu sentido literal a palavra forma significa aquilo que confere um feitio, uma determinada aparência, um conjunto de limites exteriores de determinado objeto. Não existe arquitetura sem forma  ; é um meio para se alcançar a resposta para uma demanda e esta está diretamente relacionada a função.
       Para José Lamas  “ A construção do espaço físico [da cidade] passa necessariamente pela arquitetura, correspondendo assim a noção de forma urbana “ao meio urbano como arquitetura, ou seja, um conjunto de objetos arquitetônicos ligados entre si por relações espaciais”. A arquitetura como sendo a chave da interpretação correta e global da cidade como estrutura espacial.  Já para Bruno Zevi  o espaço é o elemento-chave da composição arquitetônica . Uma vez que a cidade é constituída por espaços interiores, ‘’definidos perfeitamente pelo obra arquitetônica’’, e por espaços ‘’exteriores ou urbanísticas, encerrados nessa obras e nas contíguas’’, a  construção do seu espaço físico resulta na sua arquitetura.
       Contudo, é importante ressaltar que a cidade não é somente uma estrutura espacial, mas também como resultado da sociedade que a produz e das condições históricas, sociais, econômicas e políticas em que essa sociedade gera o seu espaço e o habita. Sendo assim, a forma da cidade é determinada também pela sua apropriação social e cultural.
        Na análise da forma urbana a leitura da cidade deverá ser feita simultaneamente a diversas dimensões e escalas, ou seja,  em diversos níveis. Segundo Lamas “a compreensão e concepção das formas urbanas ou do território coloca-se a diferentes níveis, diferenciados pelas unidades de leitura e de concepção”, optando por trabalhar fundamentalmente com duas dimensões, designadas por  “dimensão territorial” (à escala da cidade) e por “dimensão urbana” ( à escala do bairro), permitindo fazer leituras dos diversos elementos morfológicos. Enquanto na dimensão territorial os elementos morfológicos  identificam-se como bairros, as grandes infra-estruturas, entre outros, na dimensão urbana, são os traçados e praças, os quarteirões e monumentos.
     A cidade é o resultado de um conjunto de fragmentos os quais só tem coerência se forem pensados e integrados num espaço maior que é a própria cidade.