sexta-feira, 26 de abril de 2013

Arquitetura Primitiva - Filme Troia


A arquitetura primitiva pode ser compreendida primariamente como uma
imposição da necessidade da conservação da vida humana sob os efeitos do clima,
da nocividade do tempo meteorológico, abrigando o corpo num microambiente
alterado. O instinto do homem primitivo o conduz a um recinto fechado, onde
ele acostuma-se a procurar não só para repousar, mas também para escapar
às intempéries. Esse local pode ser definido como uma habitação primitiva.
O ambiente interno de uma habitação primitiva qualquer é, sem dúvida, um
microclima especialmente preparado pelo homem de modo a fornecer-lhe as
condições mínimas de higiene, repouso e segurança necessárias.

Podemos definir a arquitetura das construções primitivas como abrigo humano
desenvolvido sob a intuição e a resolução de problemáticas espaciais influenciado
pelo sítio onde se insere. Podemos afirmar que, via de regra, não poderiam ser
adaptadas ou transportadas de uma região para outra de clima inverso ou com
condições naturais diferentes daquelas que geraram as resultantes formais deste
modelo de habitação, assim como foram geradas as especificidades da vegetação,
dos animais e dos próprios homens. O arquiteto primitivo é, antes de tudo, um
artista, no sentido de um criador de formas condicionadas, cujo ofício implica na
resolução de aspectos práticos das mais diversas ordens.

O que primeiro chama a atenção na morada humana primitiva é a sua
extraordinária adaptação ao meio em que se constrói. Ela está diretamente
condicionada à sua localização e à sua orientação frente às condições climáticas
e à especificidade dos materiais disponíveis: a madeira no meio florestal, a pedra
nas montanhas, o adobe nas planícies aluviais além das peles de animais e fibras
vegetais.

A arquitetura grega não trouxe consigo nenhuma herança das abóbadas
micênicas e baseou todas as suas construções no simples modelo trilítico. O
emprego do ferro no trabalho da pedra permitiu o aperfeiçoamento dos cortes
e o progresso na escultura, e na arquitetura. O que se pode perceber é que o
desenvolvimento gradual dos equipamentos e dos utensílios de uso dos artistas
teve influência direta no resultado formal encontrado nas edificações da época.
Primeiramente os instrumentos de trabalho eram constituídos de sílex de bronze e
não eram capazes de trabalhar as pedras com eficiência. A ausência do ferro deu
origem a um tipo de alvenaria ciclópica. As ferramentas de ferro permitem, num
segundo estagio, encarar de frente o problema da construção dando origem a um
novo conceito construtivo.

Os edifícios gregos eram constituídos por blocos horizontais sustentados por
paredes e colunas: construção de pilar e lintel. Não existiam praticamente nem
curvas nem arcos. A simetria era característica das construções e foi em parte
atingida através de um processo conhecido como entasis destinado a eliminar as
ilusões de ótica. Os edifícios a que os antigos gregos dedicavam maior importância
eram os templos. Os primeiros templos foram construídos de madeira e tijolos de
barro, mas no fim do séc VI a.C., passaram a ser construídos de pedra calcária.
O mármore, que pode ser polido e trabalhado até a perfeição, tornou-se cada
vez mais utilizado. Os templos não eram constituídos para abrigar congregações;
sua finalidade imediata era a de recolher a estátua de um deus. Um único recinto
antecedido de um átrio servia a este fim. Os templos eram geralmente construídos
sobre uma plataforma com três degraus que lhe davam acesso. Nos mais belos
templos, os quatro lados do edifício eram rodeados por uma colunata denominada
peristilo. A entrada principal estava orientada para o Leste. O conjunto das

fachadas oriental e ocidental era coroado por frontões.

O teto de madeira era decorado com pinturas e dourados. A luz penetra no templo
apenas pelas portas, que orientadas para o Leste banhavam de sol a estátua de
Atenas quando as portas eram aberta. Amarravam as pedras com grampos de
ferro, e as juntas se apresentavam com extrema perfeição de encaixe, sendo
assentadas por meio de alavancas. Os telhados era empregada a madeira e todas
as peças sofriam o esforço de compressão. As telhas eram confeccionadas em
terracota ou porcelana. Costumavam recobrir o mármore com cerâmica ou estuque
pintado. A pintura das construções tinha uma dupla finalidade: colorir o conjunto e
ressaltar os relevos. Pintavam também as estátuas, já que elas também eram parte
importante na arquitetura. As edificações obedeciam uma fisionomia relativamente
permanente, constituída por: embasamento + colunas + entablamento; sendo as
colunas, por sua vez, subdivididas em alguns casos em: base + fuste + capitel e o
entablamento: arquitrave + friso + cornija.

Dentre as edificações, as mais características da civilização grega eram: o teatro,
composto de um semicírculo onde se localizava a orquestra, seguida de uma
tribuna cercada de paredes por onde entravam e saíam os atores e, envolvendo a
orquestra a arquibancada, sempre ao ar livre. Era de um modo geral, construído na
encosta de uma colina, para que os degraus fossem esculpidos na terra, resolvendo
o problema de visibilidade e estabilidade; os odeons, pequenos teatros destinados
unicamente ä audições musicais; as ágoras, definida por uma grande praça pública,
rodeada de pórticos onde se reuniam os cidadãos; além dos ginásios, estádios e
hipódromos. A Acrópole grega era uma cidadela construída sobre um penhasco
sobre o qual eram implantados os templos.

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