tag:blogger.com,1999:blog-46293129430017612032024-03-21T16:07:29.273-07:00Ark e UrbCamila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.comBlogger18125tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-30878556862687140902013-04-28T18:24:00.003-07:002013-04-28T18:24:43.267-07:00Arquitetura Vernacular - Grécia Antiga<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tróia é arqueologicamente
falando, uma das mais complicadas histórias do mundo.Esta fortaleza, situada em
uma cadeia de montanhas a poucos
quilômetros do Mar Egeu e dos Dardalenos, governou uma planície aluvial fértil de 3200
A.C. até 1100 A 720 A.C.. sem
interrupção, a partir de 700 A.C., nunca foi habitada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A existência de maciças
fortificações em torno dos palácios, indicam um povo que viviam em constante
guerra. Essa nova civilização aparece sem aviso como em todo mar Egeu
semelhantemente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O filme retrata essa cidade,
enfatizando seu lado guerreiro, sua
influência Micênica, em sua mais
famosa história, cujo cenário é formado por construções que demonstram uma
tecnologia militar avançada, com paredes de arquitetura complexa e refinada. A
pedra, base das edificações aparece montada uma na outra sem argamassa,em
grande ou pequenos blocos, compondo todo entorno da “ilha”.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Na verdadeira Tróia, o caráter vernacular
da arquitetura, pode ter sido explorado a nível local ou regional, já que
sabe-se da utilização maciça de animais, principalmente cavalos, o que
proporciona facilidade de transporte dessas matérias primas. <o:p></o:p></div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-55817464409837864372013-04-26T19:55:00.001-07:002013-04-26T19:55:29.276-07:00Arquitetura Primitiva - Filme Troia<br />
<div style="text-align: justify;">
A arquitetura primitiva pode ser compreendida primariamente como uma</div>
<div style="text-align: justify;">
imposição da necessidade da conservação da vida humana sob os efeitos do clima,</div>
<div style="text-align: justify;">
da nocividade do tempo meteorológico, abrigando o corpo num microambiente</div>
<div style="text-align: justify;">
alterado. O instinto do homem primitivo o conduz a um recinto fechado, onde</div>
<div style="text-align: justify;">
ele acostuma-se a procurar não só para repousar, mas também para escapar</div>
<div style="text-align: justify;">
às intempéries. Esse local pode ser definido como uma habitação primitiva.</div>
<div style="text-align: justify;">
O ambiente interno de uma habitação primitiva qualquer é, sem dúvida, um</div>
<div style="text-align: justify;">
microclima especialmente preparado pelo homem de modo a fornecer-lhe as</div>
<div style="text-align: justify;">
condições mínimas de higiene, repouso e segurança necessárias.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibMJ4dmhyphenhyphenp0kOOyecq6_ZFEpes0iFmzriWtjMNFwsgylBWRLxsXHlDj2JAdr6tEquXpg6pL-lYEJErRGC8YP26ymw42qWZ15Oh18Fd4RpmX91dajqmpl3d-Sf6jVZqSseTN5HxvcISMsI/s1600/sadad.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="239" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibMJ4dmhyphenhyphenp0kOOyecq6_ZFEpes0iFmzriWtjMNFwsgylBWRLxsXHlDj2JAdr6tEquXpg6pL-lYEJErRGC8YP26ymw42qWZ15Oh18Fd4RpmX91dajqmpl3d-Sf6jVZqSseTN5HxvcISMsI/s320/sadad.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Podemos definir a arquitetura das construções primitivas como abrigo humano</div>
<div style="text-align: justify;">
desenvolvido sob a intuição e a resolução de problemáticas espaciais influenciado</div>
<div style="text-align: justify;">
pelo sítio onde se insere. Podemos afirmar que, via de regra, não poderiam ser</div>
<div style="text-align: justify;">
adaptadas ou transportadas de uma região para outra de clima inverso ou com</div>
<div style="text-align: justify;">
condições naturais diferentes daquelas que geraram as resultantes formais deste</div>
<div style="text-align: justify;">
modelo de habitação, assim como foram geradas as especificidades da vegetação,</div>
<div style="text-align: justify;">
dos animais e dos próprios homens. O arquiteto primitivo é, antes de tudo, um</div>
<div style="text-align: justify;">
artista, no sentido de um criador de formas condicionadas, cujo ofício implica na</div>
<div style="text-align: justify;">
resolução de aspectos práticos das mais diversas ordens.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que primeiro chama a atenção na morada humana primitiva é a sua</div>
<div style="text-align: justify;">
extraordinária adaptação ao meio em que se constrói. Ela está diretamente</div>
<div style="text-align: justify;">
condicionada à sua localização e à sua orientação frente às condições climáticas</div>
<div style="text-align: justify;">
e à especificidade dos materiais disponíveis: a madeira no meio florestal, a pedra</div>
<div style="text-align: justify;">
nas montanhas, o adobe nas planícies aluviais além das peles de animais e fibras</div>
<div style="text-align: justify;">
vegetais.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGTj-nTaRXCSrkGim1XzMSVBAUGQ7071PDtEVJEsogtaBz2q72SXg9GuyBu522i4j16q8b1MnJXJIvLWdHIiLnH9eMu19gIDYPwnacoorbqEv90tVHOv-HcKIAg0RimG4GUvUkXdlz7OA/s1600/fsdw.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjGTj-nTaRXCSrkGim1XzMSVBAUGQ7071PDtEVJEsogtaBz2q72SXg9GuyBu522i4j16q8b1MnJXJIvLWdHIiLnH9eMu19gIDYPwnacoorbqEv90tVHOv-HcKIAg0RimG4GUvUkXdlz7OA/s320/fsdw.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A arquitetura grega não trouxe consigo nenhuma herança das abóbadas</div>
<div style="text-align: justify;">
micênicas e baseou todas as suas construções no simples modelo trilítico. O</div>
<div style="text-align: justify;">
emprego do ferro no trabalho da pedra permitiu o aperfeiçoamento dos cortes</div>
<div style="text-align: justify;">
e o progresso na escultura, e na arquitetura. O que se pode perceber é que o</div>
<div style="text-align: justify;">
desenvolvimento gradual dos equipamentos e dos utensílios de uso dos artistas</div>
<div style="text-align: justify;">
teve influência direta no resultado formal encontrado nas edificações da época.</div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiramente os instrumentos de trabalho eram constituídos de sílex de bronze e</div>
<div style="text-align: justify;">
não eram capazes de trabalhar as pedras com eficiência. A ausência do ferro deu</div>
<div style="text-align: justify;">
origem a um tipo de alvenaria ciclópica. As ferramentas de ferro permitem, num</div>
<div style="text-align: justify;">
segundo estagio, encarar de frente o problema da construção dando origem a um</div>
<div style="text-align: justify;">
novo conceito construtivo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os edifícios gregos eram constituídos por blocos horizontais sustentados por</div>
<div style="text-align: justify;">
paredes e colunas: construção de pilar e lintel. Não existiam praticamente nem</div>
<div style="text-align: justify;">
curvas nem arcos. A simetria era característica das construções e foi em parte</div>
<div style="text-align: justify;">
atingida através de um processo conhecido como entasis destinado a eliminar as</div>
<div style="text-align: justify;">
ilusões de ótica. Os edifícios a que os antigos gregos dedicavam maior importância</div>
<div style="text-align: justify;">
eram os templos. Os primeiros templos foram construídos de madeira e tijolos de</div>
<div style="text-align: justify;">
barro, mas no fim do séc VI a.C., passaram a ser construídos de pedra calcária.</div>
<div style="text-align: justify;">
O mármore, que pode ser polido e trabalhado até a perfeição, tornou-se cada</div>
<div style="text-align: justify;">
vez mais utilizado. Os templos não eram constituídos para abrigar congregações;</div>
<div style="text-align: justify;">
sua finalidade imediata era a de recolher a estátua de um deus. Um único recinto</div>
<div style="text-align: justify;">
antecedido de um átrio servia a este fim. Os templos eram geralmente construídos</div>
<div style="text-align: justify;">
sobre uma plataforma com três degraus que lhe davam acesso. Nos mais belos</div>
<div style="text-align: justify;">
templos, os quatro lados do edifício eram rodeados por uma colunata denominada</div>
<div style="text-align: justify;">
peristilo. A entrada principal estava orientada para o Leste. O conjunto das</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
fachadas oriental e ocidental era coroado por frontões.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O teto de madeira era decorado com pinturas e dourados. A luz penetra no templo</div>
<div style="text-align: justify;">
apenas pelas portas, que orientadas para o Leste banhavam de sol a estátua de</div>
<div style="text-align: justify;">
Atenas quando as portas eram aberta. Amarravam as pedras com grampos de</div>
<div style="text-align: justify;">
ferro, e as juntas se apresentavam com extrema perfeição de encaixe, sendo</div>
<div style="text-align: justify;">
assentadas por meio de alavancas. Os telhados era empregada a madeira e todas</div>
<div style="text-align: justify;">
as peças sofriam o esforço de compressão. As telhas eram confeccionadas em</div>
<div style="text-align: justify;">
terracota ou porcelana. Costumavam recobrir o mármore com cerâmica ou estuque</div>
<div style="text-align: justify;">
pintado. A pintura das construções tinha uma dupla finalidade: colorir o conjunto e</div>
<div style="text-align: justify;">
ressaltar os relevos. Pintavam também as estátuas, já que elas também eram parte</div>
<div style="text-align: justify;">
importante na arquitetura. As edificações obedeciam uma fisionomia relativamente</div>
<div style="text-align: justify;">
permanente, constituída por: embasamento + colunas + entablamento; sendo as</div>
<div style="text-align: justify;">
colunas, por sua vez, subdivididas em alguns casos em: base + fuste + capitel e o</div>
<div style="text-align: justify;">
entablamento: arquitrave + friso + cornija.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Dentre as edificações, as mais características da civilização grega eram: o teatro,</div>
<div style="text-align: justify;">
composto de um semicírculo onde se localizava a orquestra, seguida de uma</div>
<div style="text-align: justify;">
tribuna cercada de paredes por onde entravam e saíam os atores e, envolvendo a</div>
<div style="text-align: justify;">
orquestra a arquibancada, sempre ao ar livre. Era de um modo geral, construído na</div>
<div style="text-align: justify;">
encosta de uma colina, para que os degraus fossem esculpidos na terra, resolvendo</div>
<div style="text-align: justify;">
o problema de visibilidade e estabilidade; os odeons, pequenos teatros destinados</div>
<div style="text-align: justify;">
unicamente ä audições musicais; as ágoras, definida por uma grande praça pública,</div>
<div style="text-align: justify;">
rodeada de pórticos onde se reuniam os cidadãos; além dos ginásios, estádios e</div>
<div style="text-align: justify;">
hipódromos. A Acrópole grega era uma cidadela construída sobre um penhasco</div>
<div style="text-align: justify;">
sobre o qual eram implantados os templos.</div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-80234072376419321662013-04-26T12:31:00.000-07:002013-04-26T15:09:06.030-07:00Cerâmicas e esculturas no cenário grego antigo<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
A partir do
filme “Troia”, notamos que as esculturas gregas possuíam como características o
naturalismo e o realismo, ainda embora num progressivo detalhamento, que
representava as formas da natureza com base na observação do corpo: “um braço é
um braço, um músculo é um músculo”. Os escultores gregos estudavam o corpo
humano e praticavam desenho. A escultura está relacionada com a evolução da
ciência e da medicina da época. Inicialmente, o
material era feito com mármore, cujo nome era <strong><span style="color: #3366ff; font-family: "Calibri","sans-serif"; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Kouros</span></strong>, que significa homem jovem. O escultor fazia com que a
estátua fosse um objeto belo e não somente a estátua de um homem.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Na época que o
filme retrata, também percebemos a quebra da lei da frontalidade, existente
pela <o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2GMx7fRweCsO4J9nsYasOOpcMHtO3BJfSY94ravxPV_11U8e9oOC4wXazia67lg81yqtf_9A38grQbrApyaLInoglV6mI-vGFx0ozlCZAB4MKtkA-HVn0YHZffm8GTaeX589ZD_Xc8fg/s1600/trab.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: justify;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2GMx7fRweCsO4J9nsYasOOpcMHtO3BJfSY94ravxPV_11U8e9oOC4wXazia67lg81yqtf_9A38grQbrApyaLInoglV6mI-vGFx0ozlCZAB4MKtkA-HVn0YHZffm8GTaeX589ZD_Xc8fg/s400/trab.png" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
t<span style="font-family: inherit;">radição egípcia, dando uma impressão de movimento à escultura. a
escultura possuía a cabeça mais levantada, como em pose, o corpo descansava
sobre uma das pernas e o quadril era um pouco mais alto que o outro. <span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">A
escultura grega tinha funções religiosas, políticas. Honoríficas, funerárias e
ornamentais (estreitamente ligada à arquitetura). Nos tímpanos, colocavam de
diversas figura, em variadas posições, de acordo com o espaço a ocupar; a
dimensão e a posição das figuras tinham a ver com a sua importância.</span></span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-family: "Calibri","sans-serif"; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0x7DIClkGCqwwcmx-yTDWn_ARJ8OrmK1q40dW5MhSx64wvc4hZRBwXvBja9c-kRtlbkcDahYyI1pR03jcZr85uRFb7Oth915Ejvq59QPABJ8aBXKRxc_zTo6uhqnb9nRqWUIN-PDZok8/s1600/trab2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0x7DIClkGCqwwcmx-yTDWn_ARJ8OrmK1q40dW5MhSx64wvc4hZRBwXvBja9c-kRtlbkcDahYyI1pR03jcZr85uRFb7Oth915Ejvq59QPABJ8aBXKRxc_zTo6uhqnb9nRqWUIN-PDZok8/s320/trab2.jpg" width="320" /></a>Nos frisos jônicos, o artista
tinha maior liberdade criativa, desenvolvendo uma aça sequenciada, numa
sucessão narrativa sem interrupção. Os temas mais utilizados eram as
procissões, os desfiles, as corridas de cavalos, etc.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
No filme também observamos o uso
da cerâmica, em que utilizavam motivos geométricos dispostos à volta do corpo
dos vasos, compondo bandas ou frisos. Eram decoradas com motivos como meandros,
gregas, triângulos, losangos, linhas quebradas ou contínuas, realçados a preto
sobre o fundo de cor natural do vaso. E geralmente era utilizado para servir
bebidas e comidas, armazenar água, etc.<o:p></o:p></div>
<br />Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-16433624814892026772013-04-26T12:30:00.000-07:002013-04-26T15:09:06.026-07:00Cotidiando urbano em Troia<br />
<div style="background-color: white; color: #222222; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">No filme, observa-se primeiramente que a crença nos deuses era muito forte. Rei Príamo (Rei de Tróia), revela bem a reverência e respeito para com as divindades. Os deuses influenciavam no destino do homem, eles nunca puderam e nunca quiseram caminhar sozinhos em sua história, pois não podiam culpá-los por seus erros, seu egoísmo, maldade e todas as fraquezas naturais do ser humano, eles sempre precisam de deuses para “comandar” a sua vida.</span></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://armonte.files.wordpress.com/2010/05/eric-bana.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://armonte.files.wordpress.com/2010/05/eric-bana.jpg" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Heitor, com sua bravura e senso crítico mostra o lado bom da natureza humana. Respeito pelo pai, amor e zelo pela família e principalmente a defesa do país. Alguns destes princípios da natureza humana, como a honra, lealdade, coragem, e confiança serão bem enfatizados no filme. Heitor numa cena revela o código de honra dos troianos: “Honrar os deuses, amar a esposa e defender o país”. Nesse momento, observa-se os valores e a educação na qual era valorizada na época, segundo a epopéia de Homero.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.cineclick.com.br/uploads/imagens/galeria/252034.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://static.cineclick.com.br/uploads/imagens/galeria/252034.jpg" width="211" /></a></div>
<div style="background-color: white; color: #222222; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">Por outro lado, Aquiles se mostra arrogante, rebelde e aparentemente invencível, não tem lealdade a nada nem a ninguém, a não ser à sua própria glória. É sua sede insaciável pelo eterno reconhecimento que o leva a atacar os portões de Tróia, mas será o amor que acabará por decidir seu destino.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="background-color: white; color: #222222; text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">As mulheres estavam longe da vida cívica, não eram educadas e vivam trancadas em casa, é tanto que quando dá-se início a guerra entre gregos e troianos, todas permanecem trancadas na muralha e acabam mortas e queimadas. As sacerdotisas eram tidas como objeto dos homens, que só as queriam apenas pelo desejo sexual. Aquiles é um exemplo desses homens, que após vencer os combates era presenteado com mulheres pelos companheiros de exército para passar a noite.</span></div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-17318770077690175252013-04-26T12:15:00.003-07:002013-04-26T15:09:06.028-07:00Castelos e muralhas de Tróia<br />
<div style="text-align: justify;">
Definido pelo dicionário como um grupo de edificações fortificadas, os castelos eram</div>
<div style="text-align: justify;">
construções de grande porte dotadas de altas muralhas perimetrais, torres e fosso. Sua</div>
<div style="text-align: justify;">
etimologia remete ao latim castellum, remetendo a um lugar fortificado. Portanto, um castelo</div>
<div style="text-align: justify;">
tinha essencialmente uma finalidade de proteção militarizada.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O filme Tróia retrata bem a realidade de cidades antigas cercadas por extensas muralhas</div>
<div style="text-align: justify;">
erguidas ao seu redor, limitando o trânsito de pessoas da parte externa à parte interna. Tais</div>
<div style="text-align: justify;">
paredões eram guarnecidos por soldados nos portões, nas torres e ao longo do topo dos seus</div>
<div style="text-align: justify;">
muros, de forma que a defesa estava sempre ativa contra os frequentes ataques externos.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjap3uell9_LROvZC7fRHb2eTkxLgcvSStbkNi8rR3YYMDVxoWO_cCd6l8u3YZQWwe944ZQ9WxEGUi963WxmDc6tZQwIw0nZPTRT5LwdoRJfCddANqeLfWRQJdVS5zv17MR5v19YBv9V2w/s1600/trabdasdas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjap3uell9_LROvZC7fRHb2eTkxLgcvSStbkNi8rR3YYMDVxoWO_cCd6l8u3YZQWwe944ZQ9WxEGUi963WxmDc6tZQwIw0nZPTRT5LwdoRJfCddANqeLfWRQJdVS5zv17MR5v19YBv9V2w/s400/trabdasdas.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cena do filme Troia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No que diz respeito à arquitetura, além dos elementos básicos já citados, os castelos troianos</div>
<div style="text-align: justify;">
tinham pátios, espaços habitacionais e de apoio, capelas, salões, estábulos, poços, oficinas de</div>
<div style="text-align: justify;">
trabalho, e locais para o asseio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A cidade de Tróia tinha uma defesa tão bem desenvolvida que suas muralhas e portões tinham</div>
<div style="text-align: justify;">
a fama de serem impenetráveis. O filme mostra como os gregos conseguiram burlar um</div>
<div style="text-align: justify;">
sistema tão bem projetado: ofereceram de presente aos Deuses Troianos um grande cavalo de</div>
<div style="text-align: justify;">
madeira, belo por fora e oco por dentro, que levaria escondidos para o interior da cidade um</div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPD3nb1NpMwvV_mcW-v6WqVh0dAM-dlQQHS28ySCLIoO-TjFss1jhHg4eQap1gpYhwR-yJf3ul9jNg151ITe7NpF-p0-2582tq6K7-z0VGqnU0AcX-BrivPpbEEXRopUUHcEznvUZBtiJF/s1600/Imagem11.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPD3nb1NpMwvV_mcW-v6WqVh0dAM-dlQQHS28ySCLIoO-TjFss1jhHg4eQap1gpYhwR-yJf3ul9jNg151ITe7NpF-p0-2582tq6K7-z0VGqnU0AcX-BrivPpbEEXRopUUHcEznvUZBtiJF/s400/Imagem11.png" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cena do filme Troia</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
grupo de soldados que iriam sabotar as defesas e abrir os portões para a entrada do exército</div>
<div style="text-align: justify;">
grego.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnxsHkQZpzoqDUTtwl0rcop_zHlATXv7j3xSTDDpNesHN5CgtNf3yAOUCnoTjMgJXJnPpk6ykKdaUmqg-57oYiH0omaOtdCME0bz9stfNaV9Kr1R6ug6BIC5xkN_Iq4_ZrQ4A4j9Il-WQ/s1600/cavalotroi.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnxsHkQZpzoqDUTtwl0rcop_zHlATXv7j3xSTDDpNesHN5CgtNf3yAOUCnoTjMgJXJnPpk6ykKdaUmqg-57oYiH0omaOtdCME0bz9stfNaV9Kr1R6ug6BIC5xkN_Iq4_ZrQ4A4j9Il-WQ/s320/cavalotroi.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Daí surgiram os termos cavalo de Tróia e presente de grego.</div>
O mito reforça a ideia de que<br />
<div style="text-align: justify;">
uma muralha tão bem projetada, aliada ao seu poderoso sistema defensivo, só pôde ser</div>
<div style="text-align: justify;">
transpassada mediante um plano inteligente e desleal que enganasse o rei Príamo de Tróia,</div>
<div style="text-align: justify;">
levando-o a aceitar o “presente” para os Deuses. Após a entrada do exército, a cidade</div>
<div style="text-align: justify;">
sucumbiu e foi completamente destruída pelo fogo.</div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-72000338827013417732013-04-25T17:44:00.001-07:002013-04-26T15:09:06.029-07:00Templos dedicados aos deuses<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;">O </span><b style="background-color: white; line-height: 19.1875px;">templo grego</b><span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;"> é uma das </span>tipologias<span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;"> de maior relevo na </span>arquitetura da Grécia Antiga<span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;">. Tem origem no "</span><i style="background-color: white; line-height: 19.1875px;">mégaron</i><span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;">", um espaço existente nos anteriores </span>palácios<span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;"> </span>micénicos<span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;">, exercendo uma forte influência na posterior </span>arquitetura da Roma Antiga<span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;"> e no seu respectivo </span>templo romano<span style="background-color: white; line-height: 19.1875px;">.</span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Áreas do templo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Pronaos</i>: esta é a antecâmara que antecede o naos e que se transformará, mais tarde, no nártex.</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Naos ou Cella</i>: neste espaço, delimitado por 4 paredes sem janelas, é colocada a estátua da divindade e pode ser, por vezes, organizado em 3 alas divididas por colunas. Em templos de grandes dimensões o naos pode funcionar como um pátio interior, sem cobertura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Aditon ou Abaton</i>: espaço só acessível a sacerdotes para o culto ou colocação de oferendas. Esta área pode funcionar de diferentes maneiras; como uma sub-divisão do naos, aberta para ele; como uma câmara isolada no centro do naos; ou como um nicho na parede posterior do naos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Opistódomo</i>: Câmara oposta ao pronaos onde se encontra o tesouro e que também pode funcionar, por vezes, como aditon.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxR50qHFRvO9eH9WefWCVjAw89N5C8wCFQc5QnnZc0qCDvlAiumKEt86Yq3iwCH1lgroNbl0rjUOPFzlACUp5m6J5Iri69VFqPY_ozeS-piDXKbPKtcvXDv27ncy3Nu46KbIS4yCd4CZ0/s1600/templo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="192" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxR50qHFRvO9eH9WefWCVjAw89N5C8wCFQc5QnnZc0qCDvlAiumKEt86Yq3iwCH1lgroNbl0rjUOPFzlACUp5m6J5Iri69VFqPY_ozeS-piDXKbPKtcvXDv27ncy3Nu46KbIS4yCd4CZ0/s640/templo.jpg" width="640" /></a></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
No filme Troia é possível observar o estilo dos templos sagrados, lugar onde se cultuava os deuses.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrhThgKPSF2pZ_uEgZoa-08H-RAhKWT_1v0ml9zahT1BuOUIpsN9k2OWzqrK8K5Q5bc4ACJR8cVd2T1sov3Qi21PRE2gKqsKtsCeWGC7b_sTxSirw65hZ9KapqtDwSC4_NP54rnR51YOQ/s1600/templo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrhThgKPSF2pZ_uEgZoa-08H-RAhKWT_1v0ml9zahT1BuOUIpsN9k2OWzqrK8K5Q5bc4ACJR8cVd2T1sov3Qi21PRE2gKqsKtsCeWGC7b_sTxSirw65hZ9KapqtDwSC4_NP54rnR51YOQ/s400/templo.jpg" width="400" /></a></div>
No cenário do filme em estudo, o templo era do estilo tetrástilo, com 4 colunas na fachada, pseudodíptero, 2 filas de colunas que não envolvem todo o templo, perípetro, o templo é completamente rodeado de colunas. Observa-se também que as colunas são da ordem dórica, que é mais rústica das três. Dentre suas características, é possível citar as colunas desprovidas de base, capitel despojado, arquitrave lisa, friso com métopas e tríglifos e mútulos sob o frontão.<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"> <a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/21/Pseudodipteros_1.svg/600px-Pseudodipteros_1.svg.png" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/2/21/Pseudodipteros_1.svg/600px-Pseudodipteros_1.svg.png" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"> Pseudodíptero </td></tr>
</tbody></table>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/04/Peripteros.svg/600px-Peripteros.svg.png" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><img border="0" height="200" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/0/04/Peripteros.svg/600px-Peripteros.svg.png" width="200" /></a> </td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Perípetro</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
</div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-16979799422858139932013-03-12T02:55:00.001-07:002013-03-12T02:57:49.917-07:00A Imagem Obsessiva - Lugar e tempo na Roma de Adriano<div style="text-align: justify;">
No ano de 118, Adriano, Imperador de Roma, deu início à construção de um novo Pantheon, no mesmo lugar que se localiza o antigo. Ele agrupava as dinvindades na construção.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmKGCiqj3rJ3z3tctqKcHKvQm3ZWNQF9LCcV5QRq411z9ssQ9vlmt2h9QX5yIsSMpHbi2Gdlao0JVDztUahxgQmyREwPpuk2ayCxbAsJqNx3J1-3XuLXmUDNmk3O195YmXNWFu4k8mHpU/s1600/250px-Pantheon-panini.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhmKGCiqj3rJ3z3tctqKcHKvQm3ZWNQF9LCcV5QRq411z9ssQ9vlmt2h9QX5yIsSMpHbi2Gdlao0JVDztUahxgQmyREwPpuk2ayCxbAsJqNx3J1-3XuLXmUDNmk3O195YmXNWFu4k8mHpU/s400/250px-Pantheon-panini.jpg" width="310" /></a></div>
<br />
<i><br /></i>
<i><br /></i>
<br />
<div style="text-align: center;">
<i>"Daqueles dias até hoje, sua característica mais admirável talvez seja o efeito da luz, entrando pelo teto. Em dias ensolarados de verão, os raios de sol penetram do alto em direção ao chão, subindo novamente, como se a estrela que é o centro do sistema planetário se movesse em sua órbita; nos dias nublados, a luz se converte em névoa cinzenta, com nuances provocadas pela concha sólida. À noite, o prédio parece desmaterializar-se; através da abertura no topo do domo, um círculo de estrelas preenchem a escuridão."</i></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.awesomestories.com/images/user/ba64acc32b.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em; text-align: center;"><img border="0" height="265" src="http://www.awesomestories.com/images/user/ba64acc32b.jpg" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Naquele tempo, o Pantheon estava saturado de símbolos políticos, o pavimento foi projetado como um tabuleiro, característica essa presente no traçado urbano das novas cidades. As estátuas dos deuses foram colocadas em nichos, na parede circular, "de tal forma que eles pudessem tutelar em harmonia a corrida de Roma pela dominação do mundo".</div>
<div style="text-align: justify;">
Meio milênio depois, o prédio se tornou uma igreja cristã, <i>Sancta Maria ad Martires</i>. Fato que explica a sobrevivência da construção, uma vez que as outras edificações ruíam, mas a igreja não podia ser pilhada.</div>
<div style="text-align: justify;">
A ordem visual e o poder imperialista de Roma estavam indissoluvelmente ligados. "O imperador precisava que seu poder fosse evidenciado em monumentos e obras públicas". O povo acreditava que os deuses se disfarçavam e caminhavam entre as pessoas. Pensavam que essas divindades deixavam sinais visíveis de sua presença em toda parte, sinais que os governantes usavam para justificar seu reinado.</div>
<div style="text-align: justify;">
O desejo era algo que assustava tanto aos cristãos como aos pagãos, por diferentes razões. Para os cristãos, o apetite sexual desvalorizava a alma; para o pagão, significava desrespeito às convenções sociais, desmantelamento da hierarquia, confusão de categoria, caos incontrolável. Em meio a esse mundo incontrolável, o pagão procurava segurança no que via na cidade, nas termas, anfiteatros e nos fóruns. Como se não fosse o bastante, começaram a dar crédito à ídolos de pedra.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.letteratu.it/wp-content/uploads/2011/11/uomo-vitruvio.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://www.letteratu.it/wp-content/uploads/2011/11/uomo-vitruvio.jpg" width="302" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Daí começou a obsessão romana por representações plásticas de pessoas e objetos, baseados no estudo feito por Vitrúvio, sobre as simetrias bilaterais dos ossos e dos músculos, dos olhos e ouvidos. Vitrúvio concluiu que isso poderia ser traduzido na arquitetura. A partir desse momento, os romanos começaram a projetar sua cidade com base nas regras de correspondência bilateral e privilegiando a percepção visual linear.</div>
<div style="text-align: justify;">
Figuras geométricas abstratas são atemporais, característica tranquilizadora para os romanos quanto a imagem da cidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
"A persistência da cidade corria em sentido contrário ao tempo durante o qual o corpo humano ultrapassava fases de crescimento e decadência, planos derrotados e esquecidos, lembranças de faces obscurecidas pelo envelhecimento ou desespero". Adriano reconheceu que a experiência que o homem tem de seu corpo conflitava com a ficção do lugar chamado <b>Roma</b>.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já os cristão romanos, tentavam vivenciar o tempo em seus corpos, na expectativa de que por meio da conversão religiosa o caos dos desejos deixaria de afligi-los; o peso da carne se tornaria mais leve à medida que se aproximasse do Poder imaterial. Eles pensavam que quanto maior fosse sua fé, menos se sentiriam presos aos lugares que viviam.</div>
<div style="text-align: justify;">
Apesar disso, os devotos iam orar no templo de Adriano, ressurgindo o senso de lugar e consequente diminuição da necessidade de transformar seus corpos.</div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, a passagem do politeísmo para o monoteísmo desvendou o grande drama do corpo, do lugar e do tempo. A era de Adriano tomou o lugar do intenso amor dos gregos pela pólis. Se por um lado, o pagão não se entregaria ao reino da pedra sem incertezas, o cristão não poderia mais doar seu corpo a Deus.</div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<object width="320" height="266" class="BLOGGER-youtube-video" classid="clsid:D27CDB6E-AE6D-11cf-96B8-444553540000" codebase="http://download.macromedia.com/pub/shockwave/cabs/flash/swflash.cab#version=6,0,40,0" data-thumbnail-src="http://2.gvt0.com/vi/esUUHcy_0zY/0.jpg"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/esUUHcy_0zY&fs=1&source=uds" /><param name="bgcolor" value="#FFFFFF" /><param name="allowFullScreen" value="true" /><embed width="320" height="266" src="http://www.youtube.com/v/esUUHcy_0zY&fs=1&source=uds" type="application/x-shockwave-flash" allowfullscreen="true"></embed></object></div>
<br />Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-485343474276800012013-03-12T02:55:00.000-07:002013-03-12T02:55:08.056-07:00Adriano Assassina Apolodoro<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
A despeito de
todas as dificuldades e desafios impostos a um imperador romano, era essencial
garantir os espetáculos encenados para celebrar a glória de Roma. Dentre as
histórias contadas, estava a do assassinato do arquiteto Apolodoro a mando do
imperador Adriano.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgul8Z1V-ch5cb8-15B6qkaXM1cbheymuzGLMlazlipzXs5mIMbbtVBPl1plpDM3Zk3a2aiRsX6ysuklpqMz5QJt2y_LKGADy0rTT6LK02Dvh0A3Y2xBGRBS_y7e7iKNKqpOQFF4Bp5hIA/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgul8Z1V-ch5cb8-15B6qkaXM1cbheymuzGLMlazlipzXs5mIMbbtVBPl1plpDM3Zk3a2aiRsX6ysuklpqMz5QJt2y_LKGADy0rTT6LK02Dvh0A3Y2xBGRBS_y7e7iKNKqpOQFF4Bp5hIA/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-family: inherit;">Tal
história, provavelmente falsa, narrava a construção do Templo de Vênus, que foi
erguido sobre os escombros da Casa Dourada de Nero, tendo sido dedicado aos
cidadãos romanos, já que a mensagem de Adriano era que “o Estado pertence ao
povo e não a mim”, <i>populi rem esse, non
propriam.</i></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-MDo5xEvuumhT8K3YbS0IcHQBx8IEZQdNwKBY1qv1LNKKcjNOoGy1LfYfj1Slwydu3ISYG5l-3SSQEqFonVMGFvMocI39kA3Q0sDmoZUIcHcVxsfN2IgrNS41JLGkr2isqKyqMCP9A-s/s1600/dasd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="153" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-MDo5xEvuumhT8K3YbS0IcHQBx8IEZQdNwKBY1qv1LNKKcjNOoGy1LfYfj1Slwydu3ISYG5l-3SSQEqFonVMGFvMocI39kA3Q0sDmoZUIcHcVxsfN2IgrNS41JLGkr2isqKyqMCP9A-s/s400/dasd.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Diz-se que
Adriano enviou as plantas do Templo a Apolodoro, e este fez duras críticas ao
projeto, afirmando que o Templo de Vênus não conseguia simbolizar sua unidade
com o povo, fato este que levaria Adriano a quebrar seu elo mais importante com
seus súditos. Assim, para proteger tal vínculo, mandou assassinar o crítico de
sua obra.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Os romanos
cunharam a expressão “teatrummundi”, que significa “o mundo é um palco”, de
forma que eles passaram a dar crédito apenas ao que os seus olhos viam. Era o
que se conhece hoje por “culto às aparências”. Os romanos institucionalizaram
seu modo de tomar as aparências literalmente.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
Dotados de
forma circular ou oval fechada, os anfiteatros romanos foram palco de lutas
mortais de gladiadores, de homens e mulheres lançados indefesos às garras de
leões, ursos e elefantes. Criminosos, desertores, hereges e cristãos eram
torturados, crucificados ou queimados vivos. Mas esta casa de horrores dava
mais do que prazer sádico ao seu público: ela embrutecia o povo ante as
carnificinas que precediam as conquistas imperiais.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIkSTfZJXO5bX0vTR_imK_gQGv03qpZ9sKsx0NlwBz47gh1ksfufqeA2Y1TbUKwnKoM12d8ywO7mLug9zfKv2-YnyMobMkvvFy-bRlJEBdMG7MKaadNsK421VH6upSxxLb1DjC85tSHc/s1600/fsfdf.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="241" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJIkSTfZJXO5bX0vTR_imK_gQGv03qpZ9sKsx0NlwBz47gh1ksfufqeA2Y1TbUKwnKoM12d8ywO7mLug9zfKv2-YnyMobMkvvFy-bRlJEBdMG7MKaadNsK421VH6upSxxLb1DjC85tSHc/s320/fsfdf.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 2cm;">
Outra grande
utilidade dos anfiteatros era a de personificar os deuses em suas histórias
míticas: certa fez, Átis foi castrado e Hércules foi queimado vivo. Orfeu,
vestido com pele de animal, foi de repente devorado por um urso.<a href="http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4629312943001761203" name="_GoBack"></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 2cm;">
Para
representar melhor a realidade, os romanos recorreram principalmente à mímica e
à pandomima, que é uma modalidade de teatro gestual, valorizando a forma
perfeita e a estética da linha do corpo, pois é através dele que tudo será
dito. A gesticulação política chegou até ao fabrico de moedas eloquentes,
demonstrando em suas faces muitas informações, criando um vínculo indissolúvel
entre a representação e os atos dos governantes.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-indent: 2cm;">
Ao invés de
promover uma cena inédita, fora do comum, os romanos preferiam repetir centenas
de vezes, por exemplo, a cena de um miserável vestido adequadamente, que logo
era identificado como Orfeu, e logo evocava no público o seu terrível destino
de ser devorado vivo por um urso. A repetição parecia gravar com muito mais
força a imagem na mente do espectador. Talvez por isso nota-se uma certa
escassez de imagens visuais na cultura romana.</div>
<br />Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-5823922076436857082013-03-12T02:54:00.002-07:002013-03-12T02:54:45.399-07:00Olhar e Obedecer<br />
<div class="MsoNormal">
<i>A geometria do corpo<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O Pantheon, regido pela simetria, aparenta ser uma extensão
do corpo humano. O jogo simétrico de quadrados e curvas lembra alguns dos mais
famosos desenhos de Leonardo da Vinci e Serlio, mostrando o corpo masculino nu
com braços e pernas estendidos, onde desenhou-se uma círculo perfeito em torno
dos membros esticados, o centro no umbigo do homem e as pontas dos seus dedos
no lugar dos vértices do quadrado perfeito.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMFMhY2pLSfvS5JJbATYh3DrthAqiRwj8qja_jawuXoA6OtfsFoSF6H7yRIMnlJAioY4lulCxHu-aGX60IvvQnEd9lFH7FLH2kBuLsKppFm3wLaWOhb79cmWjkYdjrQ2H2ubTIsEDa74P4/s400/Reconstru%C3%A7%C3%A3o+da+cidade+romana+de+Conimbriga.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMFMhY2pLSfvS5JJbATYh3DrthAqiRwj8qja_jawuXoA6OtfsFoSF6H7yRIMnlJAioY4lulCxHu-aGX60IvvQnEd9lFH7FLH2kBuLsKppFm3wLaWOhb79cmWjkYdjrQ2H2ubTIsEDa74P4/s400/Reconstru%C3%A7%C3%A3o+da+cidade+romana+de+Conimbriga.bmp" width="400" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
No livro “Da simteria: nos templos e no corpo humano”,
Vitrúvio relaciona as disposições regulares do corpo às que a arquitetura do
templo deve obedecer.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Um templo deveria ter frações iguais e opostas, exatamente
como os lados do corpo. Vitrúvio imaginava que os braços eram ligados às pernas
pelo umbigo, ou seja, pelo cordão umbilical – a fonte da vida. Baseado na
disposição e nas relações simétricas do corpo humano com o círculo e o quadrado
perfeito,moldou-se o Pantheon, onde o quadrado estava inscrito dentro do
círculo e posteriormente inspirou os desenho de Leonardo da Vinci e Serlio. Sua
crença fundamentava-se na escala do corpo humano, com base na qual o arquiteto
devia modelar o prédio a ser construído.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<i>A criação de uma
cidade romana<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal">
O chão do Pantheon trata-se de um tabuleiro de quadrados de
mármore, pórfiro e granito, alinhados na direção norte-sul. Projetistas
imperiais do tempo de Vitrúvio planejaram cidades inteiras fazendo uso do mesmo
sistema, criando tabuleiros de ruas em torno de áreas ilhadas no seu interior.</div>
<div class="MsoNormal">
Embora não tenha sido criada por eles, esse tipo de desenho
urbano ficou conhecido como rede romana, onde foram erguidas as mais antigas
cidades seguindo este mesmo modelo. Para fundar uma cidade, ou reconstruí-la,
após a conquista, os romanos estabeleciam o ponto que chamavam<i> umbilicus – </i>um centro urbano
equivalente ao umbigo humano, servia como ponto de partida para o cálculo da
geometria urbana; a partir daí, os projetistas mediam as distâncias e as
dimensões de cada espaço a ser construído.</div>
<div class="MsoNormal">
Sempre em ângulos de noventa graus, as duas ruas principais
cruzavam-se no meio da cidade, criando-se quatro quadrantes simétricos, depois
repartidos em outros quatro, e assim sucessivamente, até que as regiões da
cidade tomassem a forma do pavimento do Pantheon.</div>
<div class="MsoNormal">
Esse centro urbano tinha um grande valor religioso. Abaixo e
acima dele, os romanos imaginavam que a cidade conectava-se com os deuses
entranhados na terra e com os deuses de luz, no céu. No início da construção da
cidade, frutas e outras oferendas, trazidas pelos engenheiros de seus lugares
de origem, eram colocadas na cova, cumprindo o ritual que tinha em vista
agradar aos “deuses infernais”. Finalmente, por cima da pedra quadrada
acendia-se um fogo e só então o “nascimento” da cidade era tido como um fato.</div>
<br />Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-28784119714102192302013-03-12T02:53:00.002-07:002013-03-12T02:53:36.846-07:00Fórum Romano<span style="text-align: justify;">O Fórum era o centro cívico
religioso e monumental das cidades romanas, assemelhando-se as Ágoras, do
tempo de Péricles. A diferença em relação a Ágora estava justamente no
agrupamento de uma mutidão diversificada em um espaço retangular, enquadrado
por outros prédios.</span><br />
<div style="text-align: justify;">
<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr_86FU7I7zTZ_Y9KXL0L3ChAqiqmWTl34OzfolQ1Xw1vld_hn8upeycMs2wYKDiZS7N52gP3GvuN-Os8oNqhfMcwMBuITeW2eXRcyusvBE312rrnOrTQrLqi3P3bX1A0t3jjKHQRkEaM/s1600/images2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjr_86FU7I7zTZ_Y9KXL0L3ChAqiqmWTl34OzfolQ1Xw1vld_hn8upeycMs2wYKDiZS7N52gP3GvuN-Os8oNqhfMcwMBuITeW2eXRcyusvBE312rrnOrTQrLqi3P3bX1A0t3jjKHQRkEaM/s1600/images2.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
Seguindo um esquema retangular repetido por todo o Império,
a construção do Fórum obedecia a um plano. Um plano divino. O local era
confiado à proteção dos deuses. Uma construção religiosa particularmente
importante é o Pórtico dos Doze Deuses. </div>
<div style="text-align: justify;">
Eles pretendiam fazer com que sua arquitetura fosse consensual,
harmônica e linear, através do desenvolvimento do Peristilo e da Basílica. O
peristilo consiste numa extensa série de colunas ao longo, por exemplo, de um
pátio, ou defronte a blocos de prédios. A basílica é uma construção retangular
a que as pessoas tem acesso por um lado, saindo pelo outro. Os Romanos criavam
espaços em que uma pessoa se deslocasse sempre para frente, sem nada que
chamasse atenção lateralmente, sendo essa a espinha dorsal desses lugares.<o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
A geometria do espaço romano disciplinava o movimento corporal e, nesse
sentido, conduzia a regra de olhar e obedecer, intrinsecamente vinculada ao
diktat e acreditar.. Como nas cidades provincianas, a geometria do poder, no
centro de Roma, inibiu a exposição das diversidades. A medida que regras foram
sendo impostas no Forum Romano, ao final do período republicano, os mercadores,
açougueiros, verdureiros e peixeiros mudaram-se para bairros distantes,
deixando a zona totalmente livre para advogados e burocratas. Reduzida a
diversidade, o antigo centro de Roma passou a ser um lugar dedicado ao
cerimonial, onde o poder vestia a indumentária e desempenhava os papeis
pacificadores da pantomima.<o:p></o:p></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdVWezWrlTa5Qvp411PHga315SxMLR6MA9-iwIT5s3wxOPjsKclNeT7WkL2Msi8YEWFiaSvm_-U2wtUKGj3jVVWbgDTWLKt5DLNHIjO5Q-rFjWV-zs78OQVzMg_O9z8CxlyOYyAD8FjhQ/s1600/images1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="195" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdVWezWrlTa5Qvp411PHga315SxMLR6MA9-iwIT5s3wxOPjsKclNeT7WkL2Msi8YEWFiaSvm_-U2wtUKGj3jVVWbgDTWLKt5DLNHIjO5Q-rFjWV-zs78OQVzMg_O9z8CxlyOYyAD8FjhQ/s400/images1.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
A ordem visual também impunha sua marca nos prédios ocupados pelo Senado
romano, que de suprema instituição republicana caíra no formalismo, com a
ascensão dos imperadores. <o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
Todo o desenrolar da história do Fórum Romano foi como um presságio dos
grandes fóruns imperiais, que seriam construídos durante o período que se
seguiu e que se constituíram em imensos espaços, nos quais os romanos se
moviam, submissos, diante das representações da majestade dos deuses vivos que
governavam suas vidas.<o:p></o:p></div>
<br />Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-55872041615987051392013-03-12T02:53:00.001-07:002013-03-12T02:53:19.233-07:00A casa romana<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;">As famílias, em Roma, tinham uma
notável diferença em relação às gregas, pois existia muito mais igualdade entre
os sexos. Poderiam ter propriedades (sine manu), as filhas poderiam dividir com
os filhos a herança, homens e mulheres poderiam comer juntos. No entanto, o
grupo familiar era fortemente hierárquico e patriarcal.</span></div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<span style="font-size: 11pt; line-height: 115%;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: 11pt; line-height: 115%;">A casa romana, o domus, evidenciava as classes,
a clientela, as idades e a propriedade dos moradores. Entrava-se através de um
primeiro vestíbulo, em que os visitantes eram avaliados e Vitrúvio recomendava
que fosse tão luxuosa quanto possível; chegando-se a um átrio, a céu aberto, os
dormitórios e os cômodos reservados ao armazenamento situavam-se lateralmente,
e à frente, próximo a um espelho d’água, havia um nicho que abrigava os deuses
padroeiros da casa.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGe4BzRR9lhG7jnnLXy28Yp4pyN9DiSympe-3dGqMGnO8cm1FdnXMvfRplm1QiebP5GU8tdMJPOoQVmyZzL18wKOsD7YBKKx1spdrRYLTeTnJ0FfLgffTnwWMcn7OFvup2D_SClGWT-JQ/s1600/fsdfsdf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="226" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgGe4BzRR9lhG7jnnLXy28Yp4pyN9DiSympe-3dGqMGnO8cm1FdnXMvfRplm1QiebP5GU8tdMJPOoQVmyZzL18wKOsD7YBKKx1spdrRYLTeTnJ0FfLgffTnwWMcn7OFvup2D_SClGWT-JQ/s400/fsdfsdf.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOJxkNk9wyyiHIbZLrfEwIQAyHDxqH-_hdRPCanJ3rVyTazjwJ_eyZStA2PxwLv7-dJEnCp-SIB3_i42hXbvlJ2a88XoOu_IRezwTImphO5MdRbqc6NcWyDSiQDuTJn5rkD6nmSuAixN4/s1600/fdghh.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOJxkNk9wyyiHIbZLrfEwIQAyHDxqH-_hdRPCanJ3rVyTazjwJ_eyZStA2PxwLv7-dJEnCp-SIB3_i42hXbvlJ2a88XoOu_IRezwTImphO5MdRbqc6NcWyDSiQDuTJn5rkD6nmSuAixN4/s400/fdghh.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz9mUj4PyvUDFaSsKLkZeLnY0lj2DvOFsk9MvCG4XIAJco-6zSb34cH2cciUyT1XHFvOxe58LlD3cx_YGBFfxPNf5B4i_8jNX4BSrs5CHHvoeRD3-CS2976tQJ3Au5WNG4bP5t7wqDDgI/s1600/gghjhukuk.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="301" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiz9mUj4PyvUDFaSsKLkZeLnY0lj2DvOFsk9MvCG4XIAJco-6zSb34cH2cciUyT1XHFvOxe58LlD3cx_YGBFfxPNf5B4i_8jNX4BSrs5CHHvoeRD3-CS2976tQJ3Au5WNG4bP5t7wqDDgI/s400/gghjhukuk.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já nas moradias mais ricas, o
deslocamento ao longo deles dependia de quem habitasse cada um dos aposentos. A
ordem doméstica, no topo da pirâmide social, servia como um padrão de vida. À
semelhança de um fórum, nele permaneciam grupos de pessoas que, em ordem de
importância, aguardava serem recebidos pelo dono da casa e de quem veio nos
recepcionar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Uma vez constituído o núcleo da
família pelo casamento, os cônjuges deviam preservar a linhagem.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Corpo, casa, fórum, cidade,
império baseavam-se em imagens lineares. A obsessão romana de organizar o
espaço de forma clara e precisa. Esse desejo de orientação exata demonstrava a
mesma ânsia no gosto pela repetição interminável de imagens, até que se
convertesse em verdades inquestionáveis. Era o reflexo das carências de um povo
que não desfrutava de conforto e vivia em meio a desigualdades. A geometria
procurava dar ideia de uma Roma eterna e essencial.</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
</span>Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-70851799239716370032013-03-12T02:53:00.000-07:002013-03-12T02:53:08.492-07:00A Obsessão Impossível<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Adriano compôs o seguinte poema,
intitulado “À sua alma”:</div>
<div class="MsoNormal">
<i>Animula uagula
blandula, | Pequena alma terna, flutuante,<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Hospes comesque corporis, | Hóspede e companheira do meu corpo,<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Quae nunca bibis in loca | Vais descer aos lugares<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Pallidula, rígida nudula, | Pálidos, duros, nus,<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i>Nec, ut soles, dabis iocos... | Onde deverás renunciar aos jogos
de outrora...<o:p></o:p></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<i><br /></i></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Para Marguerite Yourcenar, ela
afirma que “Tão logo os deuses deixaram de existir e antes do Cristo chegar,
houve um momento único na história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o
homem ficou só”.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Já para críticos contemporâneos,
como William MacDonald, afirma que “Saturado dos símbolos arquitetônicos,
religiosos e imperiais, como o Pantheon – controlada, quase imposta, como sua
forma visual - assim, a construção inspira um profundo e misterioso sentimento
de solidão.</div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ip4aMDeMjvIJ_aMDohRLWIjoQTEBZzOGXQfvES-taxFqMzoIRSuF8tump36v3J7jASXhXD8AdsdR2nGgBio5r40VOPYxnDQJUsP4oZjqNom085WOOy1ladUo1xkllBY2RmJt0-kxkdE/s1600/loaksoa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0ip4aMDeMjvIJ_aMDohRLWIjoQTEBZzOGXQfvES-taxFqMzoIRSuF8tump36v3J7jASXhXD8AdsdR2nGgBio5r40VOPYxnDQJUsP4oZjqNom085WOOy1ladUo1xkllBY2RmJt0-kxkdE/s320/loaksoa.jpg" width="233" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adriano</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-20921116408034563812013-03-05T04:53:00.001-08:002013-03-05T04:53:12.710-08:00Análise dos textos - 1º Estágio<div style="text-align: justify;">
<b>Primeira Questão </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para o homem, o espaço se forma a partir da manipulação da realidade, dos objetos contidos na cidade, que dão a ideia de distância. O espaço é construído pela experiência que o homem tem com seu entorno e sua relação dá-se em como o homem compreende, percebe e interpreta o espaço.</div>
<div style="text-align: justify;">
Já a relação entre espaço e imaginação, "a maioria dos habitantes da cidade só tinha olhos para os artifícios urbanos, para suas berrantes propagandas de neon", mas o que Marcovaldo propõe é um olhar diferente daquele que foi comum durante muito tempo na historiografia, uma reeducação no olhar.</div>
<div style="text-align: justify;">
A arquitetura é criada a partir de uma integração entre espaço e imaginação, com a finalidade de aguçar os cinco sentidos dos indivíduos, provocando em todos e principalmente nos observadores de suas obras uma percepção que não se limita ao âmbito da simulação e do engano.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Segunda Questão</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em seu cotidiano, é inerente ao exercício da arquitetura novas perspectivas de espaço urbano, ver além do que a imagem se apresenta. A organização espacial viabiliza um conjunto de possibilidades, que e traduz em algo qualitativo, fundamentando o trabalho do arquiteto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Terceira Questão</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para Françoise Choay, "monumento é tudo o que for edificado por uma comunidade de indivíduos para rememorar ou fazer que outras gerações de pessoas rememorem acontecimentos, sacrifícios, ritos ou crenças". Sendo assim, os monumentos foram criados para serem adorados no presente, criando uma maneira de diálogo em que a arquitetura pode ao mesmo tempo fazer reviver nosso passado, assegurar a glória do arquiteto-artista e conferir autenticidade ao testemunho dos historiadores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quarta Questão</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Arquitetura Primitiva</i></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A arquitetura primitiva pode ser compreendida primariamente como uma imposição da necessidade da conservação da vida humana sob os efeitos do clima, da nocividade do tempo meteorológico, abrigando o corpo num microambiente alterado. O instinto do homem primitivo o conduz a um recinto fechado, onde ele acostuma-se a procurar não só para repousar, mas também para escapar às intempéries. Esse local pode ser definido como uma habitação primitiva. O ambiente interno de uma habitação primitiva qualquer é, sem dúvida, um microclima especialmente preparado pelo homem de modo a fornecer-lhe as condições mínimas de higiene, repouso e segurança necessárias.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
A habitação primitiva é um microclima artificial. Oferece uma vantagem considerável, podendo ser parcialmente modificada, regulada e amenizada quando ocorrem situações de viciação ou fenômenos meteorológicos desfavoráveis imprevistos. Ela pode ser também considerada um "acidente" geográfico, uma descontinuidade do espaço natural intocado. Podemos definir a arquitetura das construções primitivas como abrigo humano desenvolvido sob a intuição e a resolução de problemáticas espaciais influenciados pelo sítio onde se insere. Podemos afirmar que não poderia ser adaptada ou transportada de uma região para outra de clima inverso ou com condições naturais diferentes daquelas que geraram as resultantes formais deste modelo de habitação, assim como foram geradas as especificidades da vegetação, dos animais e dos próprios homens.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Arquitetura Vernacular</i></div>
<div style="text-align: justify;">
Cada lugar é carregado de percepções individuais e de sensações próprias, os quais definem as características daquele determinado espaço, que se faz marcado pela presença protetora do genius loci, através da arquitetura vernacular, tanto em monumentos históricos, como em instalações industriais.</div>
<div style="text-align: justify;">
Os arquitetos, com suas obras de edificação, ultrapassam a marcação do tempo, enquanto a arquitetura vernacular, mais espontânea, revela e interliga sua historicidade à tradição, dando caráter ou genius loci à cidade (BARDA, 2007). Esta arquitetura vernacular está presente no patrimônio construído em cidades das regiões Norte e Noroeste do Estado do Paraná. Zani (2003) cita que é através das tipologias construtivas trazidas pelos imigrantes colonizadores europeus, entre as décadas de 20 a 70.</div>
<div style="text-align: justify;">
A arquitetura vernacular é todo o tipo de arquitetura em que se empregam materiais e recursos do próprio ambiente em que a edificação é construída, caracterizando uma tipologia arquitetônica com caráter local ou regional. No processo de planejamento e ordenação do crescimento urbano, as edificações históricas vernaculares são como artefatos na afirmação de identidades, que é caracterizada pela presença protetora do genius loci.</div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<i>Arquitetura Erudita</i></div>
<div style="text-align: justify;">
A arquitetura erudita imita a arquitetura popular. Segundo Alain (Alain, SBA) “Existe uma arquitetura popular, do mesmo modo que uma música popular. Nossos arquitetos se limitaram sempre a copiar as casas, quando não copiavam o grego ou o romano”. Existe uma correlação entre a arquitetura popular e a erudita, pois esta se alimenta das formas criadas pela primeira e, sempre que passa a buscar a beleza formal, entra em decadência.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em princípio, denominamos de erudita a arquitetura produzida por especialistas treinados, detentores de um repertório de informações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Quinta Questão</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O tema da Oficina 4 teve grande importância para a disciplina pois ao estudarmos teoria e historia da arquitetura e do urbanismo percebemos que a história faz parte das mudanças e construções arquitetônicas. O que foi o caso da origem da cidade no oriente.</div>
<div style="text-align: justify;">
No tema específico, mostra que a cidade se forma “quando as indústrias e os serviços já não são executados pelas pessoas que cultivam a terra”.</div>
<div style="text-align: justify;">
Em resumo a aldeia passa a ser cidade no momento que as indústrias e os serviços não são mais executados pelas pessoas que cultivam a terra, mas por outras que já não tem essa obrigação. Assim nasce o contraste entre dois grupos dominantes. Enquanto as indústrias e os serviços se desenvolvem através da especialização a produção agrícola cresce utilizando estes serviços e instrumentos.</div>
<div style="text-align: justify;">
A sociedade se torna capaz de evoluir e planejar a sua evolução. A cidade, centro motor da evolução, se transforma numa velocidade muito maior do que a aldeia e mostra mudanças muito profundas da composição e das atividades da classe dominante, que influi sobre toda a sociedade. A revolução urbana começa no crescente e fértil onde é coberto com uma vegetação rala e desigual. A planície é fértil, mas só consegue ser cultivada por onde passa ou pode ser conduzida a água. Os rios, os mares e o terreno aberto às comunicações favorecem as trocas de mercadorias e notícias; os céus, quase sempre serenos, permitem ver, à noite, os movimentos regulares dos astros e facilitam a medição do tempo. Foi neste local que algumas sociedades neolíticas encontraram um ambiente capaz que produzir recursos muito mais abundantes. Como cultivo de cereais e árvores frutíferas, e parte dos viveres sendo acumulada para trocas comerciais, uma nova economia surge: o aumento da produção agrícola, a concentração do excedente nas cidades e ainda o aumento de população e de produtos, garantido pelo domínio da cidade sobre o campo.</div>
<div style="text-align: justify;">
Na Mesopotâmia, o excedente se concentra nas mãos dos governantes da cidade; que nessa qualidade recebem os rendimentos de parte das terras comuns, a maior parte dos despojos de guerra e administram essas riquezas acumulando as provisões alimentares para toda a população, fabricando ou importando os utensílios de pedra e metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações e os números que dirigem a vida da comunidade. Essa organização deixa seus sinais no terreno: os canais que distribuem a água e permitem transportar para toda a parte os produtos e as matérias primas; os muros circundantes que individualizam a área da cidade e a defendem do inimigo; os armazéns, com sua provisão de tabuinhas escritas em caracteres cuneiformes; os templos dos deuses, que se erguem sobre o nível uniforme da planície com seus terraços e as pirâmides em degraus. Essas obras e casas em comum são construídas de tijolos e de argila. O tempo faz com que elas desmoronem e sejam incorporadas novamente ao terreno, e dessa forma conserva, camada por camada, os vestígios dos artefatos construídos em cada período histórico. Até meados do III milênio, as cidades da mesopotâmia formam outros estados independentes, que lutam entre si para repartir a planície irrigada pelos dois rios. Estes conflitos limitam o desenvolvimento econômico e só terminam quando o chefe de uma cidade adquire tal poder que impõe seu domínio sobre toda a região.</div>
<br />
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-81548675748141002982012-12-17T19:06:00.001-08:002012-12-17T19:23:13.553-08:00A cidade e sua morfologia urbana<br />
<div class="MsoNormal" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;">
<img height="250" src="http://maisum.altervista.org/wp-content/uploads/2012/09/wp-cidade-noite.jpg" width="400" /></div>
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: large; text-indent: -18pt;">1.1
</span><span style="font-size: large; text-indent: -18pt;">– A cidade</span></span><br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto;">
<span style="font-family: inherit;">“Cidade refere-se a um </span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto;">
<span style="font-family: inherit;">aglomerado populacional que a dada altura foi
elevado a esta categoria por uma entidade política-administrativa” [A cidade em
Portugal- Teresa Barata Salgueiro]</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l1 level1 lfo2; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: inherit;"> -<span style="font-size: 7pt;"> </span><!--[endif]-->Geograficamente cidade é uma forma de povoamento<span style="font-size: 7pt; text-indent: -18pt;"> - </span><span style="text-indent: -18pt;">É uma entidade individualizada com certa
dimensão e densidade onde se desenrola um conjunto expressivo e diversificado
de atividades</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">A cidade é antes de tudo um
espaço produzido resultante do meio físico e da ação humana.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;">A forma de uma cidade não só
depende da sociedade que a produz, mas também de teorias e posições culturais e
estéticas de quem a idealiza e constrói.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="clear: left; float: left; font-family: inherit; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.revolue.com/blog/blog/wp-content/uploads/2012/11/SP_desenho_1.jpg" /></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 35.4pt;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="MsoListParagraph" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level2 lfo1; text-indent: -18.0pt;">
<!--[if !supportLists]--><span style="font-family: inherit; font-size: large;">1.2
<!--[endif]-->-
Morfologia Urbana </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 18.0pt;">
<span style="font-family: inherit;">Estudo da forma física do espaço
urbano e sua evolução em relação a mudanças sociais, econômicas e demográficas.</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l2 level1 lfo3; text-indent: -18.0pt;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: 7pt;"> - </span>Ciência que estuda as formas e as interliga com
os fenômenos que lhes deram origem.</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto;">
<span style="font-family: inherit;">-Para Lamas a morfologia estuda os aspectos exteriores do meio urbano e
suas relações recíprocas</span></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto;">
<br /></div>
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 54.0pt; mso-add-space: auto;">
<o:p></o:p></div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-11818205592218473842012-12-17T19:06:00.000-08:002012-12-17T19:06:31.340-08:00A forma urbana e sua análise<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="font-family: "Times New Roman","serif"; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">“<i>A arquitectura deverá estar
presente e intervir, qualquer que seja a escala </i><span style="letter-spacing: -.75pt;"><i>ou o tempo de intervenção, desde
a vasta região á pequena habitação.</i>” </span>José Lamas<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em seu
sentido literal a palavra forma significa aquilo que confere um feitio, uma determinada
aparência, um conjunto de limites exteriores de determinado objeto. Não existe
arquitetura sem forma ; é um meio para
se alcançar a resposta para uma demanda e esta está diretamente relacionada a
função.</div>
<div class="MsoNormal">
Para José Lamas “ A construção do espaço físico [da cidade]
passa necessariamente pela arquitetura, correspondendo assim a noção de forma
urbana “ao meio urbano como arquitetura, ou seja, um conjunto de objetos
arquitetônicos ligados entre si por relações espaciais”. A arquitetura como sendo
a chave da interpretação correta e global da cidade como estrutura
espacial. Já para Bruno Zevi o espaço é o elemento-chave da composição
arquitetônica . Uma vez que a cidade é constituída por espaços interiores,
‘’definidos perfeitamente pelo obra arquitetônica’’, e por espaços ‘’exteriores
ou urbanísticas, encerrados nessa obras e nas contíguas’’, a construção do seu espaço físico resulta na
sua arquitetura.</div>
<div class="MsoNormal">
Contudo, é importante ressaltar que a cidade
não é somente uma estrutura espacial, mas também como resultado da sociedade
que a produz e das condições históricas, sociais, econômicas e políticas em que
essa sociedade gera o seu espaço e o habita. Sendo assim, a forma da cidade é
determinada também pela sua apropriação social e cultural. </div>
<div class="MsoNormal">
Na análise da forma urbana a leitura da
cidade deverá ser feita simultaneamente a diversas dimensões e escalas, ou
seja, em diversos níveis. Segundo Lamas
“a compreensão e concepção das formas urbanas ou do território coloca-se a
diferentes níveis, diferenciados pelas unidades de leitura e de concepção”,
optando por trabalhar fundamentalmente com duas dimensões, designadas por “dimensão territorial” (à escala da cidade) e
por “dimensão urbana” ( à escala do bairro), permitindo fazer leituras dos
diversos elementos morfológicos. Enquanto na dimensão territorial os elementos
morfológicos identificam-se como
bairros, as grandes infra-estruturas, entre outros, na dimensão urbana, são os
traçados e praças, os quarteirões e monumentos.</div>
<div class="MsoNormal">
A cidade é o
resultado de um conjunto de fragmentos os quais só tem coerência se forem
pensados e integrados num espaço maior que é a própria cidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br />
<img height="386" src="http://urbanidades.arq.br/wp-content/uploads/2010/07/lamas_1993_morfologia_urbana.jpg" width="640" /></div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-42323559653910030122012-12-17T19:05:00.001-08:002012-12-17T19:21:31.148-08:00Os espaços públicos urbanos <br />
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Para o urbanista os <i>espaços públicos urbanos </i>são espaços
exteriores, livres e abertos, com zonas públicas, movimento e atividades.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<a href="http://acefaliteaguda.files.wordpress.com/2010/01/praca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="http://acefaliteaguda.files.wordpress.com/2010/01/praca.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">O autor do livro <i>Espace Urbain – vacabulaire et morphologie </i>diz que o espaço público e espaço público
livre são diferentes e essa diferença consistem em que o “espaço
público” corresponde ao seu espaço livre e ao cenário arquitetônico que o
envolve, ou seja, ao conjunto dos seus elementos construídos e não construídos,
o “espaço público livre” tem apenas em atenção os arranjos da via pública e a
iluminação. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
</span><br />
<div class="Default">
</div>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcxXUlTl6oDdnJWK-ew_7420lBJe2CXYgZ75dJXjtEso_tyxMDD-s3YvBQGEj5v6W_PJYFCaxbqreYrZ0ma7yEfLoQ7BRn-Bhu2pwJQb4wbl2GYJQyFd2A5NnXgnVDrJfyKkqli_i_PZ0/s1600/CentralPark103005.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcxXUlTl6oDdnJWK-ew_7420lBJe2CXYgZ75dJXjtEso_tyxMDD-s3YvBQGEj5v6W_PJYFCaxbqreYrZ0ma7yEfLoQ7BRn-Bhu2pwJQb4wbl2GYJQyFd2A5NnXgnVDrJfyKkqli_i_PZ0/s320/CentralPark103005.jpg" width="320" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;">Central Park, Nova York</span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Segundo Jan Gehl e Lars Gemzøe, “a via pública que proporcionava acesso
e conectava os vários usos da cidade”. Assim, os espaços públicos são lugares
de encontro, de comércio </span></div>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">e de circulação, que oferecem e asseguram uma
multiplicidade de usos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<span style="font-family: inherit; font-size: 11.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Para Camillo Sitte, hoje, os espaços públicos constituem
importantes lugares de lazer, de passeio, de descanso, de cultura, de práticas
desportivas ou, ainda, áreas de preservação ambiental. </span><br />
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit;">Sitte alerta ainda para a questão do trânsito nas ruas, considerando que
é um fator de opressão do espaço, e como tal deverá ser transferido “para um
lugar onde ele não incomode, mas que seja útil”. Assim como a importância do
verde e da água na cidade, defendendo que a sua introdução no meio urbano não
só tem benefícios para a saúde, como também para o “êxtase do espírito” que
encontra repouso nestes espaços naturais espalhados pela cidade.</span></div>
<div class="Default">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiGt7poEZRm-hAbZWqLYNTqDEFoeu-4kr1kl9qMCFQFoNuZtKETGv2f0M0itoj-m3pLPyMWNP3KV3ERN4khWJR_NK6bqTf1Ny-IZxT7-Wi0POU6pYAmCPhouQk_z332TkIEQp3H8yIzP0/s1600/c6.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiGt7poEZRm-hAbZWqLYNTqDEFoeu-4kr1kl9qMCFQFoNuZtKETGv2f0M0itoj-m3pLPyMWNP3KV3ERN4khWJR_NK6bqTf1Ny-IZxT7-Wi0POU6pYAmCPhouQk_z332TkIEQp3H8yIzP0/s320/c6.png" width="320" /></span></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Segundo Camillo Sitte, a permanência de “velhas e solitárias árvores” ou
de pequenos grupos de árvores na cidade, formamagradáveis recantos com sombra
que convidam ao descanso. <o:p></o:p></span></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://image04.webshots.com/4/3/92/9/99839209gFiHHM_fs.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: inherit;"><img border="0" height="213" src="http://image04.webshots.com/4/3/92/9/99839209gFiHHM_fs.jpg" width="320" /></span></a></div>
<div class="Default" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Estes espaços da cidade, sobretudo as praças e os jardins, devem ser
repousantes e oferecer proteção não só do sol e dos diferentes elementos
climáticos (vento e precipitação), mas também do tumulto e dos ruídos das ruas. <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: inherit;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="Default">
</div>
<div class="Default">
<span style="mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: Arial; mso-hansi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: inherit;">Os espaços públicos devem ainda ter um papel unificador na cidade,
ligando o “antigo” ao “novo” de forma a que não ocorram processos de
segregação.</span><span style="font-family: Calibri, sans-serif;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br /></div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-8571855831533788902012-12-17T18:48:00.001-08:002012-12-17T18:48:43.427-08:00A morfologia urbana das cidades portuguesas<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img alt=" Arquitectura Arquitetura Cidades Estrela Fortaleza Fortificacao Urbanismo Engenharia Militar " height="300" src="http://imgs.obviousmag.org/archives/uploads/2008/08021801_blog.uncovering.org_almeida.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="400" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Almeida, Portugal</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /> As peculiares características
morfológicas das cidades portuguesas devem-se à origem da cultura urbana
portuguesa, à escolha dos locais de implantação, à adequação do traçado à
topografia local, à localização de edifícios singulares em conformidade com a
topografia, e à influência destes no traçado urbano.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A cultura urbana portuguesa tem
influências das culturas grega, romana e muçulmana, resultando nas malhas
urbanas do tipo vernáculas, e ainda nas eruditas. No primeiro caso, a malha é
menos regular, baseando-se em edifícios singulares civis ou religiosos,
geralmente localizadas em regiões elevadas da cidade, a partir dos quais o
sentido da malha urbana começa a se desenvolver. Já os modelos eruditos são
planejados com um traçado regular, sendo definida uma boa ordem geométrica. As
cidades portuguesas são o resultado da soma dos elementos vernaculares e
eruditos, e os diferentes momentos históricos goram cruciais na forma de se
construí-las.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Verificou-se que quanto maior era o
controle central do poder, maior a componente erudita no traçado das cidades,
que se tornou visível nos traçados regulares medievais, renascentistas, ligados
às fortificações, iluministas, barrocos e nos da era pós industrial.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Segundo Manuel Teixeira, as cidades
medievais tinham quarteirões retangulares alongados, com lotes estreitos orientados com uma frente
pára a rua principal e outra frente para a rua das traseiras, sendo cortadas
por vias perpendiculares. As praças não existiam e iam se estruturando
gradualmente. Apresentavam também muralhas defensivas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 2.0cm;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A partir do século XV, ocorreu um
movimento de renovação urbana, com o objetivo de fazer intervenções para a
criação de praças e edifícios institucionais que as estruturassem, como igrejas Matrizes,
casas de Misericórdias e de Câmara.<o:p></o:p></span><br />
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Os desafios do séc. XVII, a nível
urbanístico, para Portugal, foram norteados por dois fatores: A Independência,
que resultaram em cidades com necessidades de sistemas defensivos e a
necessidade de ocupar os novos territórios ultramarinos. Esses fatores
influenciaram diretamente no traçado das cidades que apresentavam cinturas de
fortificação, que possuíam cortinas e baluartes, fossos e esplanadas. A
existência de fortes, redutos e baterias. Era constante a presença de edifícios
militares, junto as muralhas e separados da cidade pela estrada de armas que
acompanhava o perímetro das fortificações.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div class="MsoNormal">
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<br />
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlD60q-9N_i-2MsCsJgBXdG_Kj0-_GH4TQ-RYsreL0mj5ZIgKgmeQrdxzlc8fxrAtfWEMkvfqaV5qj6GLTnjzRzNpmTfgfG9vBd5oAPOAZG7aUzabGyFpufQDH_xYUtNyHzBKhQ3tntWk/s1600/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhlD60q-9N_i-2MsCsJgBXdG_Kj0-_GH4TQ-RYsreL0mj5ZIgKgmeQrdxzlc8fxrAtfWEMkvfqaV5qj6GLTnjzRzNpmTfgfG9vBd5oAPOAZG7aUzabGyFpufQDH_xYUtNyHzBKhQ3tntWk/s320/Sem+t%C3%ADtulo.jpg" width="320" /></a></span></div>
<span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">
<div class="MsoNormal">
O século XIX, caracterizado pela
continuidade da cidade clássica e barroca e surgimento de novas tipologias que
vão preparando a cidade moderna, ou seja, os traçados regulares, quadrículas,
ruas avenidas e praças foram somados, agora a jardins, parques alamedas,
passeios públicos, e avenidas. </div>
<div class="MsoNormal">
Foram grandes transformações nesse período nas
cidades, onde muralhas foram destruídas dando lugar a grandes jardins e
alamedas, tendência que perdurou pelo século XX até a segunda guerra mundial.
Portugal, como todos os países da Europa passaram pela imposição do progresso e
cosmopolitismo, tendo Paris o principal modelo da época. No século XX, continuou com a influência
“urbanística formal”, do urbanismo moderno e da Carta de Atenas, que previa a
conservação parcial e limitada dos centros históricos, no entanto, desde o
século XIX, houve a crescente abstração aos espaços e a decorrente ameaça da
perca da originalidade, tornando-os cada vez mais globalizados.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A partir dos anos 60 houve um
novo olhar para o patrimônio, tendo o centro da cidade sido redescoberto, surgindo
um movimento de remodelação, melhoramento do habitat. Em suma as cidade
portuguesa, teve grande coerência interna, não obstante aos modelos da época,
não se abstraiu, procurando responder a realidade material e cultural de cada
situação.</div>
</span></div>
Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4629312943001761203.post-47991821525318561252012-12-17T18:48:00.000-08:002012-12-17T18:48:18.736-08:00Os primeiros núcleos urbanos construídos fora do território continental - o exemplo das cidades das Ilhas Atlânticas A expansão marítima portuguesa começou no século XV, quando os arquipélagos da Madeira e dos Açores foram descobertos e ocupados. Com a colonização desses arquipélagos, esses se transformaram em áreas pioneiras de experimentação e depois de modelo de referência.<br />
Tendo como exemplo essas cidades das lhas Atlânticas, é possível perceber que os portugueses tinham a capacidade de compreender e articular as suas cidades com o território. Com um modelo de cidade como base, que eram as cidades construídas no continente, os colonos adaptavam intuitivamente esse modelo às características de cada lugar.<br />
Essas cidades insulares apresentavam características semelhantes no que se dizia a sua localização junto à costa, na escolha do sítio para a implantação do núcleo original e no traçado das ruas. De modo geral, os núcleos urbanos primitivos eram implantados em baías abrigadas e com boa capacidade de defesa.<br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMH5NlIaRdJki5N-Bf7hiiAXPgjbSKaMTalWJK6iUOkNZdfGbCi4W6_Z_stgR-AQ90o6McgmZiHN-qbB6ddqq4LcvDnSYaSke4dm1EjAzJ3wuAYYQMR9sAtOQwT7Bdz7aLPVGW7RK7kIg/s1600/mu3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="244" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMH5NlIaRdJki5N-Bf7hiiAXPgjbSKaMTalWJK6iUOkNZdfGbCi4W6_Z_stgR-AQ90o6McgmZiHN-qbB6ddqq4LcvDnSYaSke4dm1EjAzJ3wuAYYQMR9sAtOQwT7Bdz7aLPVGW7RK7kIg/s640/mu3.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Semelhança das características morfológicas das cidades insulares</td></tr>
</tbody></table>
<br />
O Duque D. Manuel foi de papel importantíssimo na história de Funchal, no arquipélago da Madeira. Foi ele quem modernizou a então vila, mandando construir a igreja e um novo setor da malha urbana, composto por um conjunto de quarteirões organizados segundo uma estrutura ortogonal regular.<br />
Sendo assim, pode-se afirmar que essas mudanças podem ser consideradas uma inovação na prática urbanística portuguesa porque resultou de uma estratégia de desenvolvimento e de modernização urbana.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1e/Madeira_Ancient_Map2.JPG/732px-Madeira_Ancient_Map2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="326" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1e/Madeira_Ancient_Map2.JPG/732px-Madeira_Ancient_Map2.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
Foi nessas cidades dos arquipélagos da Madeira e dos Açores que se fez a síntese entre a prática do planejamento medieval e os princípios teóricos emergentes do urbanismo renascentista.<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<br />Camila Cartaxohttp://www.blogger.com/profile/15807982672276819736noreply@blogger.com0