Primeira Questão
Para o homem, o espaço se forma a partir da manipulação da realidade, dos objetos contidos na cidade, que dão a ideia de distância. O espaço é construído pela experiência que o homem tem com seu entorno e sua relação dá-se em como o homem compreende, percebe e interpreta o espaço.
Já a relação entre espaço e imaginação, "a maioria dos habitantes da cidade só tinha olhos para os artifícios urbanos, para suas berrantes propagandas de neon", mas o que Marcovaldo propõe é um olhar diferente daquele que foi comum durante muito tempo na historiografia, uma reeducação no olhar.
A arquitetura é criada a partir de uma integração entre espaço e imaginação, com a finalidade de aguçar os cinco sentidos dos indivíduos, provocando em todos e principalmente nos observadores de suas obras uma percepção que não se limita ao âmbito da simulação e do engano.
Segunda Questão
Em seu cotidiano, é inerente ao exercício da arquitetura novas perspectivas de espaço urbano, ver além do que a imagem se apresenta. A organização espacial viabiliza um conjunto de possibilidades, que e traduz em algo qualitativo, fundamentando o trabalho do arquiteto.
Terceira Questão
Para Françoise Choay, "monumento é tudo o que for edificado por uma comunidade de indivíduos para rememorar ou fazer que outras gerações de pessoas rememorem acontecimentos, sacrifícios, ritos ou crenças". Sendo assim, os monumentos foram criados para serem adorados no presente, criando uma maneira de diálogo em que a arquitetura pode ao mesmo tempo fazer reviver nosso passado, assegurar a glória do arquiteto-artista e conferir autenticidade ao testemunho dos historiadores.
Quarta Questão
Arquitetura Primitiva
A arquitetura primitiva pode ser compreendida primariamente como uma imposição da necessidade da conservação da vida humana sob os efeitos do clima, da nocividade do tempo meteorológico, abrigando o corpo num microambiente alterado. O instinto do homem primitivo o conduz a um recinto fechado, onde ele acostuma-se a procurar não só para repousar, mas também para escapar às intempéries. Esse local pode ser definido como uma habitação primitiva. O ambiente interno de uma habitação primitiva qualquer é, sem dúvida, um microclima especialmente preparado pelo homem de modo a fornecer-lhe as condições mínimas de higiene, repouso e segurança necessárias.
A habitação primitiva é um microclima artificial. Oferece uma vantagem considerável, podendo ser parcialmente modificada, regulada e amenizada quando ocorrem situações de viciação ou fenômenos meteorológicos desfavoráveis imprevistos. Ela pode ser também considerada um "acidente" geográfico, uma descontinuidade do espaço natural intocado. Podemos definir a arquitetura das construções primitivas como abrigo humano desenvolvido sob a intuição e a resolução de problemáticas espaciais influenciados pelo sítio onde se insere. Podemos afirmar que não poderia ser adaptada ou transportada de uma região para outra de clima inverso ou com condições naturais diferentes daquelas que geraram as resultantes formais deste modelo de habitação, assim como foram geradas as especificidades da vegetação, dos animais e dos próprios homens.
Arquitetura Vernacular
Cada lugar é carregado de percepções individuais e de sensações próprias, os quais definem as características daquele determinado espaço, que se faz marcado pela presença protetora do genius loci, através da arquitetura vernacular, tanto em monumentos históricos, como em instalações industriais.
Os arquitetos, com suas obras de edificação, ultrapassam a marcação do tempo, enquanto a arquitetura vernacular, mais espontânea, revela e interliga sua historicidade à tradição, dando caráter ou genius loci à cidade (BARDA, 2007). Esta arquitetura vernacular está presente no patrimônio construído em cidades das regiões Norte e Noroeste do Estado do Paraná. Zani (2003) cita que é através das tipologias construtivas trazidas pelos imigrantes colonizadores europeus, entre as décadas de 20 a 70.
A arquitetura vernacular é todo o tipo de arquitetura em que se empregam materiais e recursos do próprio ambiente em que a edificação é construída, caracterizando uma tipologia arquitetônica com caráter local ou regional. No processo de planejamento e ordenação do crescimento urbano, as edificações históricas vernaculares são como artefatos na afirmação de identidades, que é caracterizada pela presença protetora do genius loci.
Arquitetura Erudita
A arquitetura erudita imita a arquitetura popular. Segundo Alain (Alain, SBA) “Existe uma arquitetura popular, do mesmo modo que uma música popular. Nossos arquitetos se limitaram sempre a copiar as casas, quando não copiavam o grego ou o romano”. Existe uma correlação entre a arquitetura popular e a erudita, pois esta se alimenta das formas criadas pela primeira e, sempre que passa a buscar a beleza formal, entra em decadência.
Em princípio, denominamos de erudita a arquitetura produzida por especialistas treinados, detentores de um repertório de informações.
Quinta Questão
O tema da Oficina 4 teve grande importância para a disciplina pois ao estudarmos teoria e historia da arquitetura e do urbanismo percebemos que a história faz parte das mudanças e construções arquitetônicas. O que foi o caso da origem da cidade no oriente.
No tema específico, mostra que a cidade se forma “quando as indústrias e os serviços já não são executados pelas pessoas que cultivam a terra”.
Em resumo a aldeia passa a ser cidade no momento que as indústrias e os serviços não são mais executados pelas pessoas que cultivam a terra, mas por outras que já não tem essa obrigação. Assim nasce o contraste entre dois grupos dominantes. Enquanto as indústrias e os serviços se desenvolvem através da especialização a produção agrícola cresce utilizando estes serviços e instrumentos.
A sociedade se torna capaz de evoluir e planejar a sua evolução. A cidade, centro motor da evolução, se transforma numa velocidade muito maior do que a aldeia e mostra mudanças muito profundas da composição e das atividades da classe dominante, que influi sobre toda a sociedade. A revolução urbana começa no crescente e fértil onde é coberto com uma vegetação rala e desigual. A planície é fértil, mas só consegue ser cultivada por onde passa ou pode ser conduzida a água. Os rios, os mares e o terreno aberto às comunicações favorecem as trocas de mercadorias e notícias; os céus, quase sempre serenos, permitem ver, à noite, os movimentos regulares dos astros e facilitam a medição do tempo. Foi neste local que algumas sociedades neolíticas encontraram um ambiente capaz que produzir recursos muito mais abundantes. Como cultivo de cereais e árvores frutíferas, e parte dos viveres sendo acumulada para trocas comerciais, uma nova economia surge: o aumento da produção agrícola, a concentração do excedente nas cidades e ainda o aumento de população e de produtos, garantido pelo domínio da cidade sobre o campo.
Na Mesopotâmia, o excedente se concentra nas mãos dos governantes da cidade; que nessa qualidade recebem os rendimentos de parte das terras comuns, a maior parte dos despojos de guerra e administram essas riquezas acumulando as provisões alimentares para toda a população, fabricando ou importando os utensílios de pedra e metal para o trabalho e para a guerra, registrando as informações e os números que dirigem a vida da comunidade. Essa organização deixa seus sinais no terreno: os canais que distribuem a água e permitem transportar para toda a parte os produtos e as matérias primas; os muros circundantes que individualizam a área da cidade e a defendem do inimigo; os armazéns, com sua provisão de tabuinhas escritas em caracteres cuneiformes; os templos dos deuses, que se erguem sobre o nível uniforme da planície com seus terraços e as pirâmides em degraus. Essas obras e casas em comum são construídas de tijolos e de argila. O tempo faz com que elas desmoronem e sejam incorporadas novamente ao terreno, e dessa forma conserva, camada por camada, os vestígios dos artefatos construídos em cada período histórico. Até meados do III milênio, as cidades da mesopotâmia formam outros estados independentes, que lutam entre si para repartir a planície irrigada pelos dois rios. Estes conflitos limitam o desenvolvimento econômico e só terminam quando o chefe de uma cidade adquire tal poder que impõe seu domínio sobre toda a região.