Para o urbanista os espaços públicos urbanos são espaços
exteriores, livres e abertos, com zonas públicas, movimento e atividades.
O autor do livro Espace Urbain – vacabulaire et morphologie diz que o espaço público e espaço público
livre são diferentes e essa diferença consistem em que o “espaço
público” corresponde ao seu espaço livre e ao cenário arquitetônico que o
envolve, ou seja, ao conjunto dos seus elementos construídos e não construídos,
o “espaço público livre” tem apenas em atenção os arranjos da via pública e a
iluminação.
Central Park, Nova York |
Segundo Jan Gehl e Lars Gemzøe, “a via pública que proporcionava acesso
e conectava os vários usos da cidade”. Assim, os espaços públicos são lugares
de encontro, de comércio
e de circulação, que oferecem e asseguram uma
multiplicidade de usos.
Sitte alerta ainda para a questão do trânsito nas ruas, considerando que
é um fator de opressão do espaço, e como tal deverá ser transferido “para um
lugar onde ele não incomode, mas que seja útil”. Assim como a importância do
verde e da água na cidade, defendendo que a sua introdução no meio urbano não
só tem benefícios para a saúde, como também para o “êxtase do espírito” que
encontra repouso nestes espaços naturais espalhados pela cidade.
Segundo Camillo Sitte, a permanência de “velhas e solitárias árvores” ou
de pequenos grupos de árvores na cidade, formamagradáveis recantos com sombra
que convidam ao descanso.
Estes espaços da cidade, sobretudo as praças e os jardins, devem ser
repousantes e oferecer proteção não só do sol e dos diferentes elementos
climáticos (vento e precipitação), mas também do tumulto e dos ruídos das ruas.
Os espaços públicos devem ainda ter um papel unificador na cidade,
ligando o “antigo” ao “novo” de forma a que não ocorram processos de
segregação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário